O catering da central
O que à primeira vista parece uma banca mal amanhada de gelados Olá e batatas fritas de pacote, com açúcar e sal suficientes para desgraçar a saúde de qualquer um, o que contém é garrafas de "Veuve Clicquot" e Caviar Beluga a preço de saldo. Daí as enormes bichas que se formam no intervalo dos jogos para o efeito.
Fica assim demonstrada a razão do "partido do povo", que se insurge contra as mordomias dos "croquetes" da central que nunca descalçaram qualquer sapato para entrar em Alvalade, capazes de patear o seu grande timoneiro na altura cambaleante e aplaudir as cargas policiais sobre os amantes do fogo de artifício da curva sul.
Bom, agora falando a sério...
Entre as obras do Metro, o estaleiro do novo empreendimento, as ciclovias faraónicas do Medina (uma em cada sentido quase sempre vazias) a entupir o trânsito de acesso ao estacionamento do estádio, as roulotes em cima do passeio a empurrar os sócios e adeptos para a faixa de rodagem, a falta de renovação das zonas comerciais no interior do estádio, o fecho aos sócios do "átrio central", a péssima ligação entre estádio e pavilhão que obriga a deixar um jogo a meio para entrar a horas no outro, e muitas outras coisas podia acrescentar, ir a Alvalade usufruir da gamebox está longe de ser a experiência inesquecível que podia e devia ser.
Fica apenas o espectáculo futebolístico em si, a participação das bancadas no mesmo e a confraternização com os amigos e conhecidos que por ali aparecem, o que reflecte um atraso importante que o Sporting continua a registar relativamente a outros emblemas nacionais e estrangeiros que me abstenho de nomear.
À consideração do presidente, esperando que ainda hoje na Sporting TV seja questionado relativamente a este assunto.
SL