O cantinho do Pote (e do Paulinho... e do Amorim)
Treinar cantos antes do início do jogo?
Mas porque carga de água (e previa-se uma durante o jogo) estaria a equipa a treinar cantos batidos pelo Pote? Ao primeiro poste, ainda por cima à altura da cabeça - quando bastava olhar para o outro lado do campo e saltava à vista a diferença de (maiores) alturas dos ingleses?
Para - presumi eu com os meus botões - prevenir sofrer golos de cabeça das "torres" do Tottenham (e eram tantas...). E as bolas paradas têm sido um problema neste início de época (vide primeiro golo do Chaves em Alvalade).
E, em 90 minutos, por "terra" e pelo "ar", em vários cantos, a defesa esteve à altura (literalmente). Lá na frente, os baixinhos (Edwards, Trincão, Pote) foram serpenteando por entre as torres, sem que o golo chegasse. Seria desta que Lloris, o meta da seleção francesa em 2016, saía a sorrir de um jogo com portugueses?
E salta do banco o Paulinho-patinho-feio. O empate parecia certo. E depois vem aquela arrancada do Porro em direção ao meio, o tiro de fora de área em direção ao canto superior esquerdo da baliza dos ingleses e a estirada perfeita do Lloris... e o que era certo parecia finalmente incerto.
E depois o Pote bate o canto, o Paulinho salta ao primeiro poste, penteia a bola da esquerda para a direita... está dentro. À bientot, Lloris!
E salta Alvalade, salta. E salta o Arthur do banco. E - como se tivesse estado o jogo todo a arquitetar um plano enquanto sentado hora e meia à espera da estreia - passa pelo primeiro inglês com uma simulação, com um toque ligeiro de pé esquerdo faz passar a bola pelas pernas da torre, e com o pé direito... Salut, Lloris! E vão dois. E salta Alvalade, salta.
E apita o árbitro. Tão grandes como os maiores da Europa. "Comme il faut". E assim do inferno ao céu se vai em poucas semanas.
P.S. - Foi uma vitória de "segundas linhas". Mas ontem também as "terceiras linhas" ganharam - é ver o excelente jogo da Youth League contra o Tottenham, atentando em Rodrigo Ribeiro, Mateus Fernandes, Afonso Moreira (nome a fixar), Essugo, Veiga (que enorme jogo a central), Gilberto Batista. E, por falar nisso (e nisto tudo), talvez seja a hora de renovar com Amorim...