Numerologia, o falso nove, o dez
Passaram nove anos, nove anos e qualquer coisa, quase dez.
A maior vergonha de sempre na carreira de Rúben Amorim.
A maior vergonha de sempre, para qualquer pessoa que ame o seu país e que ame o futebol.
Estávamos no dia 3 de Agosto de 2011, pela primeira vez na História do futebol, um clube (neste caso o Benfica de Jorge Jesus) entra em campo para defrontar uma equipa estrangeira (não estou a ser irónico) sem nenhum jogador português.
Nesse jogo, Jesus, utilizou jogadores da Sérvia, do Brasil, da Argentina, do Uruguai, de Espanha, da Bélgica, enfim, utilizou quinze Jorges Gomes para conseguir empatar na Turquia com o Trabzonspor, Rúben Amorim sentado no banco, sem máscara.
Cara destapada, olhar fixo no campo e a pensar: "talvez um dia te FOD (linguagem técnica de aviação), talvez um dia sejam nove pontos verdadeiros a separarem-nos".
Talvez esse dia seja amanhã, o jogo começa às nove, nove e tal, quase dez.
Adenda: Desejo, obviamente, a melhoria do estado de saúde de Jorge Jesus.
Sei distinguir o treinador, as opções que tomou como treinador, do homem, do pai.
Saúde que é o mais importante neste contexto (em todos os contextos).