Nulidade
Deve ser azar meu. Sempre que vejo um jogo da selecção em que actua João Cancelo, este jogador tem uma exibição miserável. Acabou de acontecer na nula partida desenrolada na Luz - que parece ter-se tornado o estádio oficial da Federação Portuguesa de Futebol - frente à Ucrânia. Empate a zero no arranque da nossa campanha para o Europeu de 2020. Foi a primeira vez que iniciámos uma ronda de qualificação enquanto detentores do título, mas nem isso galvanizou o onze nacional, onde Bernardo Silva nunca desequilibrou e Cristiano Ronaldo foi incapaz de fazer aquilo que tão bem sabe: marcar golos.
O melhor, para mim, foi William Carvalho. Com uma exibição quase perfeita - a recuperar bolas, a fazer passes longos, a funcionar como um verdadeiro médio de construção. A falta que ele nos faz em Alvalade...
Mas voltando a Cancelo: perdeu bolas, nunca dominou o seu corredor, foi incapaz de fazer um só cruzamento digno desse nome.
O azar, admito, talvez seja meu: provavelmente só o vejo jogar em dias maus. Espero que o azar não seja da própria selecção.