Notas sobre o jogo e o pós-jogo
- Impressionante a arbitragem a tratar o Sporting como “equipa pequena”, amarelando logo, depressa e muito os nossos jogadores como se os do Porto fossem “artistas” que é necessário proteger.
- Bizarro e inexplicável como o lance de Herrera (bola dominada com braço) não foi a VAR ou o VAR não zumbiu ao ouvido do árbitro. Não percebo nada de VAR, mas se não é usado num lance explícito e claro como este então é para quê?
- Substituições e armação de jogo final de Conceição (com muito melhor banco que o nosso) foi de amador e perdeu a final com isso. E no entanto, todos os tudólogos bem pagos da bola e “escribas” dos desportivos que ouvi e li passaram à margem, temendo certamente represália do nervosinho treinador perdedor e do sistema que o envolve.
- Próprio de uma criança mimada, o anti-desportivismo do treinador do Porto. Podemos dar as voltas que quisermos, mas há crianças e jovens a ver aqueles momentos em direto nas televisões, cuja personalidade, comportamentos e sistema de valores se está a formar. Vão achar legítimo que numa circunstância oficial e solene, de cumprimentos entre vencedores e vencidos, se possa ser birrento e infantil. Ora não se pode, não se deve,
- O tuguismo ainda mais infantil e degradante de justificar o ato do mau perdedor dá-me vontade de vomitar e confirma-me que Portugal nunca irá a lado nenhum. Um país onde a decência é relativa é um país mesquinho, pequenino, que pretende continuar assim.
- Continuamos a ser uma nação feita de regras arbitrárias que ora são para aplicar, ora não são, protegida pela sorte, pela posição geográfica, pelo ouro do Brasil e agora pela Óropa, para quem um comportamento adulto, responsável, assente em conceitos como a honra, a hombridade, o respeito e o fairplay são somente denotadores de ingenuidade.
- O assobiar para o lado do nosso football system, de dirigentes, assessores, comentadeiros, jornaleiros, exércitos de funcionários e apensos da FPF e da Liga, políticos e demais basbaques que vivem à custa da bola, demonstra que as unanimidades oportunistas e sonsas dos corporativos que viviam na esplanada da União Nacional do Estado Novo persistem.
- É evidente que o fulano que treina o Porto deveria ser censurado publicamente e castigado ou multado severamente.
- Também me é evidente que jamais acontecerá.