Nós, há dez anos
João Paulo Palha: «O currículo de Céu Lopes é suficientemente eloquente, dispensando bem mais apresentações ou elogios. Resumidamente: vencedora, em 1968, fazendo parte da equipa do Sporting, do campeonato nacional da estafeta de 4x100 metros; cinco vezes consecutivas campeã nacional de 800 metros, entre 1968 e 1972; três vezes consecutivas campeã nacional de 400 metros, entre 1968 e 1970; duas vezes campeã nacional de 1500 metros, em 1971 e 1972, e vencedora, integrando sempre equipas do Sporting, por quatro vezes consecutivas, entre 1969 e 1972, do título nacional da estafeta de 4x400 metros. Foi recordista nacional, tendo superado muitas vezes as respectivas marcas, de 400 metros, 800 metros, 1500 metros e 4x 400 metros, sendo que, no ano de 1972, chegou a deter simultaneamente todos estes máximos. Também em 1972, foi a primeira atleta do Sporting a ganhar o Campeonato Nacional de Corta-Mato Feminino.»
Eu: «Este guarda-redes parece o vinho do Porto: quanto mais os anos passam, melhor fica. Assim o demonstrou há dias, no segundo jogo de preparação da selecção portuguesa para o Mundial do Brasil, frente ao México: salvou três golos quase inevitáveis e chegou ao fim da partida com a baliza invicta, permitindo que a equipa das quinas saísse vitoriosa deste embate. Eduardo dos Reis Carvalho, transmontano de 31 anos, ex-vice-campeão nacional ao serviço do Sp. Braga (na época 2009/10, quando foi o guarda-redes com menos golos sofridos na Liga), volta a ser convocado para um Campeonato do Mundo depois de ter sido guardião titular da "equipa de todos nós" no Mundial da África do Sul, em que sofreu apenas um golo em quatro jogos (marcado pela selecção de Espanha, que alcançaria o título) e foi considerado um dos melhores atletas na sua posição.»