Nós, há dez anos
Edmundo Gonçalves: «A linguagem não foi apropriada; não nos advém mais razão se baixarmos o nível. Mas caramba, já chega de bater no ceguinho! Devia ter-lhe dado uma de erudito e despachava-os a 100 à hora...»
Filipe Moura: «E pronto: Bruno de Carvalho teve o seu "momento Pinheiro de Azevedo", o que, atendendo aos antecedentes familiares, nem é de se estranhar assim tanto. Só tenho um pedido a fazer ao nosso presidente: se é para dizer merda (e ontem, foi só isso que você disse), siga o exemplo do seu tio-avô e diga-o com todas as letras. É que "trampa" soa a betinho envergonhado. Soa a José Eduardo Bettencourt. Aliás, foi só desse anterior presidente que eu me lembrei ontem. É que desde o tempo dele que eu não ouvia um presidente do Sporting proferir declarações tão desastradas.»
João Paulo Palha: «Lamentavelmente, as palavras do presidente do Sporting só conseguem manter atrás da cortina, pelo ruído que resulta do aproveitamento público da sua sordidez e boçalidade, as razões que dão origem às queixas. Se o Sr. Bruno de Carvalho tivesse tido, antes de se pronunciar de forma tão ridícula e soez, um assomo de rudimentar inteligência, veria que este tipo de discurso é, acima de tudo, esclarecedor sobre o seu carácter e educação, não acrescentando rigorosamente nada ao que já é sabido sobre os alvos, porventura censuráveis, de tantos desconchavos.»
José Manuel Barroso: «O patrocínio de SLB e FCP a uma candidatura para a Liga de Clubes, só de ser comum, seria estranho. Sendo as coisas o que são, é muito perigoso. É uma declaração de guerra ao nosso clube. As declarações do Bruno de Carvalho - que poderiam decerto ser mais contidas, na forma - espelham uma realidade que, não sendo nova, deixa de ser ponta de "iceberg" para se transformarem em "iceberg". O que parece (e, em política, o que parece, é) é terem FCP e SLB uma agenda que deixou de ser secreta para se tornar pública: prensar o Sporting e reduzi-lo a um Sp de Braga mais.»
Luciano Amaral: «Ah, as nádegas! Foi o momento Bocage de Bruno de Carvalho. Talvez por isso o presidente do Porto tenha dito que não comentava. Há uns meses dizia que nem sequer conhecia Carvalho. Há uma evolução clara. Aposto que daqui a uns tempos já há-de estar a comentar.»
Eu: «As melhores causas perdem-se com frequência por serem defendidas de forma desajustada. Há que manter o nível em todas as ocasiões. Sobretudo quando estamos convictos de ter a razão do nosso lado.»