Nós, há dez anos
Francisco Melo: «Há muito, muito tempo, o Sporting recebeu, em casa, o modesto Fátima (da então 2ª divisão B), em partida a contar para os oitavos-de-final da Taça de Portugal. Esperava-se um jogo tranquilo, onde o maior poderio da equipa leonina, que se apresentava na sua máxima força, não deixaria de confirmar a larga diferença competitiva entre as duas equipas. No entanto, os milhares de adeptos que se deslocaram a Alvalade naquela tarde de sábado, e se preparavam para assistir a uma partida de resolução fácil, acabaram por se deparar com um Sporting displicente e pouco aplicado, que venceu o jogo (3-2) mas não convenceu nada. Bobby Robson, que treinava então o Sporting, não esteve de modas e no final da partida obrigou os jogadores a darem umas voltas ao campo. Não esperou pela conferência de imprensa para lamentar a exibição, ou pela palestra do treino seguinte para ralhar aos jogadores.»
Pedro Quartin Graça: «Um jogador que atira a camisola do clube ao chão, ainda para mais a do Sporting, pode ficar sem punição? Foi o caso de Rúben Semedo. Já antes prevaricara e fora punido monetária e desportivamente. Depois, alegadamente, terá mudado de vida. Verdade ou não, a presente atitude parece ser mais do mesmo. Como também lamentável é o silêncio do treinador da B sobre este assunto.»
Eu: «Se há posição em que existe um titular indiscutível na selecção portuguesa é a de guarda-redes. Uma aposta de Paulo Bento desde 2012 que repete a do actual seleccionador quando treinava o Sporting, lançando na equipa principal um miúdo com 18 anos e 1,88m de altura que cedo se revelou um valor seguro no plantel leonino. Corria o dia 19 de Novembro de 2006 e desde então Rui Patrício tem confirmado todas as expectativas. No plano técnico, na capacidade emocional e na maturidade competitiva.»