Nós, há dez anos
Adelino Cunha: «Mudou. Visto daqui, parece-me que alguma coisa mudou. E, a ter mudado, mudou em pouco tempo. Pode ter sido pouco coisa a mudar, mas alguma coisa mudou. Vou tentar dizer melhor: alguma coisa está a mudar. Não quero falar do jogo com o Porto. Não quero falar do movimento basta. Não quero falar das reacções, das pressões, dos consicentes e dos subinconscientes. Não quero falar dos comunicados, das conferências de imprensa, dos velhos gagás e dos viscondes amofinados. Não quero: mas isto está a mudar, não está?»
João António: «O clube da fruta está inquieto. Deve ser por falta de um qualquer guarda Abel, ou de não ter dado nas "trombas" aos jornalistas já faz algum tempo.»
José da Xã: «Oceano, não sendo um primor em técnica, era um daqueles jogadores de que todos os treinadores gostavam: combativo. viril mas sempre correcto. Pedro Barbosa era senhor de uma técnica assaz invulgar e a quem só tiravam a bola recorrendo à falta.»
Ricardo Roque: «Se há tema onde abundam os bitaites é o futebol. E se à frente de muita gente estiver uma câmara de televisão, então a abundância é de tese de doutoramento, o que não é não é de estranhar pois somos um país de doutores. E de justiceiros, sendo que o Facebook neste campo veio dar uma boa ajuda. Até as revoluções se fazem com mais comodidade. E de treinadores... de bancada. Prosápia não falta, a maior parte das vezes a tomar a nuvem por Juno. Quanto à redondinha, é tempo de a chutar para a frente, para o golo e deixar de centrar a conversa nos fora de jogo milimétricos ou da dúvida da bola na mão ou da mão na bola.»
Eu: «Fico à espera de ler um dia destes, num órgão de informação especializado em futebol ou até num generalista, quanto é que os jogadores do nosso plantel já foram valorizados durante a gestão de Bruno de Carvalho.»