Nós, há dez anos
Francisco Melo: «Pena foi que Carlos Machado, em vez de querer ridicularizar o Sporting "low-cost", não se detivesse antes no bom exemplo que o presidente do Sporting acaba de dar quando, perante a perspectiva de encaixe dos milhões da Champions (em caso de apuramento directo) e dos milhões da venda de alguns jogadores (William Carvalho?), em vez de inflectir o discurso de contenção financeira - o que poderia ser tentador - permanece fiel à contenção financeira que norteia o seu mandato. Uma atitude bem oposta à de outros presidentes do futebol doméstico, para quem o dinheiro parece nunca ser problema...»
Luciano Amaral: «Os calimeros dos andrades lá meteram a sua queixazita contra o Sporting na Liga. Como este ano se arrastam por aí (parece que estão todos excitados por terem ganho 1-0 à equipa B do Benfica...) e não conseguem ganhar em campo, tentam ganhar na secretaria. Repare-se que a coisa é mais importante do que parece: os 3 pontos ainda podem valer 9 milhões de euros, se eles conseguirem daqui até ao fim do campeonato aproximar-se do Sporting o suficiente para roubarem o apuramento directo para a Champions.»
Eu: «"A seguir à reestruturação vamos ter um passivo de cerca de 175 milhões. Houve uma redução muito grande do serviço da dívida", sublinha Bruno, lembrando o primeiro papel que assinou na qualidade de presidente do Sporting: um pagamento de emergência por questões de licenciamento. "Era esta a prenda que eu tinha reservada para o início de mandato", ironiza a um ano de distância. O pior parece já ter passado. Tem motivos para estar satisfeito. Até porque o resultado operacional do primeiro semestre da presente temporada (Julho-Dezembro) teve um saldo positivo de 3,7 milhões de euros para o qual muito contribuiu também o plano de redução de despesas correntes acordado com a banca. No mesmo período do ano anterior tinha-se registado um prejuízo de 21,9 milhões de euros.»