Nós, há dez anos
Alexandre Poço: «Não tenho dúvidas em afirmar que a manter-se a qualidade de jogo e a atitude em campo, este será o ano de afirmação de Cédric no Sporting, confirmando assim as boas credenciais naquele ano em que ajudou a tirar uma Taça de Portugal ao nosso clube. Quanto à Selecção, se não chegar para o Mundial do Brasil (é habitual levar apenas 2 laterais de cada lado), Cédric será sem dúvida o defesa-direito de Portugal no Euro 2016.»
Henrique Monteiro: «Como sabem eu sou um espírito aberto no que toca a futebol. Consigo torcer por qualquer equipa que jogue contra o Benfica. Por isso regozijo-me com três coisas essenciais na vitória de Portugal 3-2 sobre a Suécia. Ei-las: 1) Portugal ganhou com 3 golos do Cristiano Ronaldo, aluno da nossa escola; 2) Nenhum jogador do Benfica esteve em campo; 3) Quando estávamos a perder, bastou entrar o William para marcarmos dois golos. Acho que ele nem teve nada a ver com isso, mas esta coisa do futebol ou é irracional ou não é - fica estilo Freitas Lobo que é uma maçada... Viva o Sporting! Viva Portugal! Viva a equipa de ambos, que é a seleção! Disse!»
João Paulo Palha: «A Bola de hoje consegue superar-se e, insistindo na manifestação de um abjecto conceito de jornalismo, brinda-nos, como é seu apanágio, com uma capa do mais ridículo - e temos visto muito - patrioteirismo que é possível imaginar. É muito raro ver algo tão sem jeito, de tão mau gosto, alguma coisa que diga tanto sobre as capacidades intelectuais e a estrutura mental de quem está envolvido na concepção e de quem dá o beneplácito a uma qualquer criação, trate-se de que área se tratar, como aquilo com que, infelizmente para a nossa razão, temos a infelicidade de nos depararmos quando olhamos para a 1.ª página de hoje deste jornal.»
Eu: «Uma das melhores exibições de sempre de Cristiano Ronaldo com a camisola das quinas. Uma das melhores exibições de sempre de um jogador ao serviço da selecção nacional. Três golos marcados esta noite pelo nosso capitão, o melhor futebolista do mundo, em casa do adversário: um com o pé direito, dois com o esquerdo, a uma velocidade estonteante. Somando-se ao que já tinha marcado no primeiro jogo contra a Suécia, disputado há quatro dias em Lisboa. Desta vez, em território sueco, podia ter marcado mais três. Vontade não lhe faltou. Inspiração também não. Ele fez a diferença, vulgarizando o seu principal antagonista, Ibrahimovic, nas duas mãos que permitiram o acesso português ao Mundial do Brasil.»