Nós, há dez anos
José Manuel Barroso: «O empate de hoje - apesar do "erro" do Xistra, relapso o homem! - não foi apenas por culpa desse "erro". Foi porque a equipa fez uma exibição medíocre, bem pior do que já indiciara em Olhão, culpa da bem montada postura tática do Rio Ave e da incapacidade para romper essa teia. A segunda parte foi muito má mesmo, quando se esperava correção do que fora feito de menos bom na primeira. Aos 50 minutos de jogo tínhamos 3 remates à baliza, contra 6 do Rio Ave. Não tivemos o penalti que o Xistra "não viu", mas tivémos os deuses por nós nos dois golos falhados pelo adversário, que nos foi superior em toda a segunda metade do jogo.»
José Navarro de Andrade: «"Não vi!" é o que parecem dizer os beiços do Xistra de caras para um penálti que foi detectado até nos telescópios de Atacama. Ora se um senhor árbitro deve a sua existência apenas e tão somente para ver o que se passa em jogo, dizer que "não viu" é como o piloto despenhar o avião porque "não viu" a pista, ou o cientista do CERM evocar que "não viu" o momento em que as partículas colidiram, ou, para usar exemplo mais ao nivel do Xistra, é como o vendendor na feira dos burros se enganar no troco porque "não viu". Ou seja, justa causa para irradiação... Como tudo isto é natural no campeonato português e esta besta do Xistra já a conhecemos de gingeira, quer dizer que a máquina está de novo a funcionar depois da pequena surpresa das primeiras jornadas.»