Nós, há dez anos
Diogo Agostinho: «Ao que parece só em funcionários, a Direcção do Sporting dispensou 60 nestes últimos tempos. Estes 60 signficam uma redução no orçamento anual de 3 milhões de euros. Ora, é fazer as contas. São 60 funcionários da estrutura a receber em média mais de 3.500 euros/mês. Eu não me importava nada de ter uma estrutura bem paga, se essa mesma estrutura nos colocasse no topo, com um grau elevado de profissionalismo. Mas é uma loucura o nivel de ordenados praticados no nosso clube. Sobretudo a muitos encostados.»
José da Xã: «Nunca fui apoiante do não cumprimento dos mandatos para que são eleitos os corpos sociais de um clube. Todavia tenho que dar a “mão à palmatória” aos que se queixavam da má gestão anterior. E em boa hora surgiram as eleições…»
Pedro Quartin Graça: «O que leva, do ponto de vista de motivação, a Holdimo a trocar créditos que possui no valor de 20 milhões de euros e percentagens relativas a passes de 28 jogadores do Sporting, por um lugar no Conselho de Administração e 20% do capital social da SAD do Sporting? Ou seja, a trocar o potencial lucro imediato com participação nas vendas de passes de jogadores, por um lucro por ora incerto? O sportinguismo dos seus administradores?»
Eu: «Andam alguns muito escandalizados com as restrições orçamentais postas em prática no Sporting por imperativos sérios de contingência financeira. São os mesmos que louvavam os estendais de desperdício das gestões anteriores, nomeadamente da que antecedeu esta. Mas cabe perguntar: se José Couceiro tivesse sido eleito em Março presidente do Sporting o rumo seria diferente? Claro que não. Aliás o próprio candidato derrotado deixou isso bem claro durante a campanha eleitoral, que decorreu com uma dignidade inquestionável.»