Nós, há dez anos
José Manuel Barroso: «Sempre fui - e sou - institucionalista. Mas é mais do que óbvio que o futebol do Sporting precisa de um novo paradigma. Ter um empresário a mandar em quase todos os valores da formação, é inaceitável. Termos gasto 12 milhões em comissões (os "custo zero" são caros, muito caros) é demasiado, mesmo sabendo que "a zero" jogadores e empresários embolsam sempre dinheiro. Mas o "custo zero" de nomes que provaram muito pouco torna-se custo elevado e desperdiçado. O Sporting não pode ser o balde do lixo de empresários e de agentes. E é preciso saber quem mais, na estrutura do futebol, ganhou com essas operações. Sim, precisamos de um novo paradigma no nosso futebol.»
Eu: «Não acompanho - de forma alguma - os sportinguistas, incluindo alguns colegas de blogue, que defendem uma aproximação preferencial do Sporting ao Porto. Não esqueço que das Antas veio alguma da pior contaminação do futebol português - e que esse período correspondeu ao início de um prolongado período de insucesso em Alvalade, condimentado pelas mais escandalosas arbitragens desde sempre registadas em Portugal. A estratégia de bipolarização (Porto/Benfica) servia, e de que maneira, os interesses do FCP. E ainda serve. Os resultados, aliás, estão bem à vista. Com a conquista de título após título. Só não vê quem não quer.»