Nós, há dez anos
Adelino Cunha: «Há coisas que me chateiam. Plutocratas, por exemplo. Vou escrever claro: José Maria Ricciardi é presidente do conselho fiscal do Sporting e administrador de um banco credor do Sporting. Não é dono do Sporting. Não foi ungido para escolher reis e príncipes. Por muito que lhe custe, não é o representante de Deus na Terra e muito menos no Sporting.»
Filipe Moura: «Bobby Robson, nunca é de mais lembrar, saiu quando o Sporting era líder do campeonato. Foi para o Porto e logo nesse ano ganhou a Taça frente ao Sporting. Deu início ao "penta" - até então o recorde de títulos consecutivos era do Sporting. Mais importante: foi graças a esse penta que o FC Porto ultrapassou o Sporting em número de títulos, num fosso que se tem vindo a alargar. Quando Robson treinava o Sporting, o clube ainda tinha mais títulos que o Porto. A saída deste treinador representou portanto um ponto de viragem. Tal como a de Futre. Sempre graças ao Sporting.»
José da Xã: «O Sporting é a imagem de um país mergulhado numa crise profundíssima. Os candidatos para as próximas eleições perfilam-se, mas nenhum deles consegue apresentar um modelo de gestão séria e cuidada. Porque já se percebeu que sem dinheiro não há jogadores e sem atletas não há equipa. E não havendo equipa não aparecem os títulos e sem estes não há ligas dos campeões… etc., etc., etc. Um círculo demasiado vicioso sem ninguém com capacidade para quebrar este enguiço.»
Eu: «É pena que [Godinho Lopes] não se recandidate: ficaríamos todos a saber, nas urnas eleitorais, como os sócios avaliam estes 23 meses de presidência que não devemos esquecer. Para que nos sirvam de vacina por muitos e bons anos.»