Nós, há dez anos
Adelino Cunha: «Onde é que esta gente anda à procura de jogadores para reforçar a equipa? No custo justo? Não acertam uma.»
Leonardo Ralha: «Rui Fonte e Diogo Rosado de regresso a Portugal pelas mãos do Benfica, Marius Niculae sem poder ser inscrito, Kleber a roer a corda... Há dias em que é preciso ir encontrar fé.»
Paulo Ferreira: «Parece claro o pestilento e fétido cheiro a final de ciclo. Tudo vale para fugir ao debate e discussão com os sócios, tudo serve para evitar a vontade dos sócios, nesta incompetente proto-ditadura onde os tiques de filme de Coppola baseado nalgum livro do Mário Puzo assumem cada vez mais um nível alarmante!»
Tiago Loureiro: «Como habitualmente, a actual direcção do Sporting meteu os pés pelas mãos. Revelando um amadorismo atroz, não foi capaz de antecipar o potencial problema legal que essa contratação podia conter, deixando averiguações indispensáveis para o último dia de mercado. Conclusão: o amadorismo desta gente deixou o Sporting sem avançado e cobriu o clube de ridículo mais uma vez esta época. Mas o resultado mais significativo desta trapalhada foi a irónica inversão do efeito que a direcção pretendia obter. Para além de não conseguir acalmar os adeptos dando-lhes um jogador que adoram, ao prestar-se a este triste papel, Godinho Lopes terá visto o último prego espetado no seu caixão. Para terminar, o que mais me entristece. Os sportinguistas não mereciam isto. Marius Niculae também não.»
Eu: «Foi uma conferência de imprensa lamentável a vários títulos. Sem uma frase de mea culpa, sem o reconhecimento de um erro, sem um traço de humildade, Godinho Lopes invoca a sacrossanta "estabilidade do clube" enquanto lança litros de gasolina para uma fogueira que não cessa de arder. Diz não ter medo de "enfrentar os sócios" mas recusa reconhecer que ele próprio é o maior foco de instabilidade num clube que tem sido um contínuo vaivém de treinadores, jogadores e dirigentes desde o início do mandato deste Conselho Directivo. Vem invocar as proezas registadas nas modalidades sem admitir que no futebol profissional o Sporting vive a página mais negra do seu longo e prestigiado historial.»