Nós, há dez anos
Adelino Cunha: «E se Izmailov começar a jogar sem restrições no físicas no Porto? E se Izmailov deixar de ter lesões no Porto? E se Izmailov conseguir jogar 90 minutos seguidos no Porto? E se Izmailov conseguir fazer dois jogos seguidos no Porto?»
Paulo Ferreira: «Porque é que a actual mono-direcção do Engenheiro Godinho não teve mão no novo jogador do FCP que marcou o segundo golo no último encontro desta colectividade desportiva da cidade invicta? Assim "premeiam-se" as birras dentro do balneário e mostra-se o verdadeiro código de moral e conduta, o do mercenário!»
Pedro Quartin Graça: «Para quem não se tenha apercebido, o Sporting está já a 8 pontos da "Champions" (o Braga tem menos um jogo, é certo) e a 7 pontos do 4.º lugar (actualmente ocupado pelo Paços de Ferreira e com acesso à Liga Europa). Tudo o resto, nomeadamente a "má língua" sobre descidas de divisão, etc, etc, etc, é pura conversa. As notícias da nossa morte eram manifestamente exageradas, como aqui já escrevi.»
Eu: «Contra o Beira Mar, no 26.º jogo da temporada, alinhámos pela primeira vez nesta época com o mesmo onze da partida anterior. Um sinal claro de estabilidade enfim introduzido numa equipa que - como aqui anotei - foi entrando em campo ao longo de muitos meses com os mais variados elencos e diversas disposições tácticas, dando corpo a inesperados experimentalismos sem ganhar absolutamente nada com isso. Como se não tivesse havido uma pré-época com tempo mais que suficiente para fixar e testar um onze-base. Mérito de Jesualdo Ferreira, que aos poucos vai mostrando bom trabalho. Nada, no entanto, que nos faça embandeirar em arco: basta lembrar a tremideira dos dez minutos finais precisamente contra o modesto Beira Mar em Alvalade. Desta vez a sorte, que noutros jogos nos abandonou, esteve decididamente do nosso lado.»