Nós, há dez anos
Carlos Martins: «O Sporting quer-se um clube mais democrático e mais plural, onde não existam fases de intimidação, onde a transparência seja palavra sempre presente em todos os actos que qualquer direcção tome. Temo que esta ferida aberta a 11 de Abril de 1996 nunca mais seja sarada. Hoje assistimos a um Sporting completamente fraccionado, um Sporting que ameaça auto-destruir-se...»
Francisco Almeida Leite: «[Há coisas que não se explicam] como, por exemplo, o Izmailov estar inapto para jogar pelo Sporting e três dias depois estar apto para jogar um SLB-FCP. Sinceramente, já nem quero saber o que se passou. Prefiro reconhecer que Jesualdo está a saber dar a volta à situação, página a página, como gosta de dizer, e ver ainda que há jogadores que finalmente ganharam outro ânimo e parecem querer dar tudo pelo Sporting: Labyad, Adrien e Jeffrén, só para citar três casos muito concretos. Outros se seguirão, espero. Vamos a isto.»
José da Xã: «Jesualdo Ferreira pode vir a ser um mito dentro da vida leonina. Todos, sem excepção, lhe reconhecem competência e saber, pois foi a pulso que subiu na sua já longa carreira de treinador, quando começou a treinar o Rio Maior em 1981.»
Leonardo Ralha: «Eric Dier deve rever o Benfica-FC Porto para ver como deve evitar ser expulso quando ocupa a posição de lateral-direito. Basta fazer entradas como aquele uruguaio simpático chamado Maxi Pereira e depois esperar que o método também funcione quando se veste equipamento verde e branco.»
Pedro Quartin Graça: «A partir do momento em que o vice-presidente da mesa da assembleia geral, Daniel Sampaio, fez um ultimato à Direcção, tomando partido por uma facção de sócios, apontando um sentido de voto e organizando, sem qualquer legitimidade para tal, e sem mandato de quem quer que seja, uma "Comissão Administrativa", tem este vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral legitimidade para levar o seu mandato até ao fim?»
Tiago Loureiro: «Labyad e Adrien fizeram um jogaço. Nos últimos meses, se o primeiro teve poucas oportunidades, o segundo nem sequer as teve, sempre preteridos em favor da irrelevância de Pranjic e Elias. Estou certo de que Jesualdo terá vários méritos que ajudarão o Sporting a dar a volta. Mas o primeiro deles é tão evidente quanto simples: pôr a jogar os melhores. E aproveitar o talento que tem ao seu dispor.»
Eu: «Não foi preciso fazer nenhuma revolução no plantel, mas apenas saber dispor os jogadores no terreno, conferindo-lhes missões adequadas à sua inspiração e ao seu talento. Obra de quem percebe muito de futebol por já andar há muitos anos nisto. Mérito do novo treinador do Sporting, que libertou ontem o Sporting de dois espectros impensáveis: o da descida de divisão, quando estávamos apenas um ponto acima da zona de despromoção, e o da impossibilidade de vencer fora, quando penávamos quase nove meses de jejuns de triunfos em campos adversários.»