Nós, há dez anos
Francisco Mota Ferreira: «Nós devemos gostar de ser gozados. Ou espancados na praça pública. Confesso que não percebo porque é que, às vezes, nos metemos a jeito para isso. Este desabafo surge por causa de algo que, entre os adeptos alucinados do nosso clube, parece estar para durar. Não sei se vai fazer doutrina ou se será algum dia eventualmente possível. Mas bastou o jornal espanhol Marca dizer que Mourinho poderá sair no final da época do Real para que, aqui em Portugal, algumas mentes mais alucinadas já pensarem que o Special One pode vir a treinar o Sporting.»
João Távora: «É do sofá de casa a recuperar de uma incómoda virose que vejo a imagem do estádio José Alvalade, deserto inóspito, debaixo de um dilúvio a minutos de um jogo europeu. Uma aterradora parábola. Depois chega a informação de que o jogo foi adiado para amanhã e que em consequência talvez o derby emerja da recôndita e fria noite da segunda-feira para a qual foi despejado. Talvez se salve alguma coisa deste pesadelo, afinal.»
Eu: «Ao fim de 19 meses de mandato, abandonou a presidência, após uma derrota em casa contra o Paços de Ferreira. Sem nenhum título nacional conquistado e com a equipa a 16 pontos do FCP, líder do campeonato. O descalabro começou aqui. Com José Eduardo Bettencourt. É bom termos memória.»