Nós, há dez anos
Adelino Cunha: «O presidente já anda de esfregona na mão a preparar mais uma limpeza no balenário. Não para resgatar financeiramente a SAD da falência técnica onde paira desde a dinastia Roquette, mas para salvar os investimentos dos principais credores. Como? Vendendo. Vendendo o quê? Jogadores.»
José Manuel Barroso: «Parece haver muita gente a confundir discordância ou oposição à atual direção do nosso clube com o direito a, sem mais consequências, qualquer dos membros da mesa da AG manifestar publica e militantemente ser oposição ao presidente Godinho Lopes. Se querem ser oposição declarada (leia-se a entrevista do dr. Daniel Sampaio ao Record e siga-se o ziguezague opinativo do dr. Eduardo Barroso no Prolongamento), demitam-se e atuem como oposição.»
Pedro Quartin Graça: «Reconheço a Eduardo Barroso o seu sportinguismo. Mas o Presidente da Assembleia-geral do Sporting, de seu nome Eduardo Barroso, reputado médico, não pode dizer o que disse. Aliás, poder pode, tem é de ser consequente com o seu pensamento. A última coisa que se espera de um Presidente de uma Mesa de Assembleia-Geral, e digo-o por experiência própria, é tomar partido.»
Zélia Parreira: «O annus horribilis do futebol sénior do Sporting tem permitido que os adeptos leoninos prestem alguma da atenção há tanto tempo devida às outras modalidades e aos outros escalões do melhor clube do mundo.»
Eu: «A entrevista do presidente da direcção do Sporting à RTP i foi lamentável, a vários títulos. Mas acima de tudo por ter invocado o nome de Aurélio Pereira, um dos maiores detectores de talentos do nosso clube, promotor das carreiras de diversos meninos depois tornados campeões e homem de indiscutível prestígio, que deve ser deixado à margem de contendas internas (tal como o professor Mário Moniz Pereira, por exemplo) em vez de ver o seu nome inesperadamente desgastado por terceiros na praça pública.»