Nós, há dez anos
José Navarro de Andrade: «Rojo, apesar do nome, foi para o Sporting. E os encarnados, apesar da coloração de colorau, fazem agora como a raposa com as uvas: "ah, mas são verdes..."»
Pedro Oliveira: «1947, o ano mágico de Jesus Correia. Meu pai nasceu dez anos antes, eu vinte e um anos depois, ainda hoje brincamos, esgrimindo sportinguismo; “sou do tempo dos cinco violinos” diz-me ele, “eu sou do tempo de Yazalde”, respondo e sorrimos, porque ele sabe todos os tempos do Sporting (meu avô Jacinto nasceu em 1902 e incutiu nos filhos um sportinguismo que tem netos, bisnetos e continua a ser transmitido). Escolhi Jesus Correia, porque o Necas (era assim que os amigos o conheciam e assim o tratarei até ao final do post, sem o conhecer [sem o ter conhecido em vida] sinto que o conheço pelo seu imortal sportinguismo, desportivismo) é (foi) um de nós, mais que um atleta que nos representou, é um exemplo duma vida dedicada ao desporto, à família, à terra.»