Nós, há dez anos
João Távora: «Era algo como isto que a Alemanha fez com a Grécia que devíamos ter feito nós há oito anos na final da Luz: obrigá-los a mover o “autocarro”. Então tínhamos tudo e os gregos muito pouco... Como hoje.»
José Navarro de Andrade: «Que enormíssimo prazer seria ver a equipa de ex-juniores do Sporting, comandada pelo seu treinador de sempre, derrotar a equipa mais lampiona do torneio, pontificada pelo velhaco Karagounis acolitado pelo bruto Katsouranis. Sonharia mesmo que nesse desafio Paulo Bento pusesse Hugo Viana no lugar de Meireles, Quaresma ou Varela, tanto faz, em vez do inútil ponta de lança, e a meio substituísse alguém por Custódio – coisa linda de se ver!»
JPT: «(Nani - João Moutinho - Ronaldo: golo. Brota-me a alegria, claro. E também uma nostalgia... do nunca acontecido).»
Zélia Parreira: «Vejam bem: João Moutinho e Paulo Bento, dois frutos caídos da árvore na era Bettencourt. Começo a pensar que o problema não era a fruta podre, o problema era a mosca.»
Eu: «A euforia grega durou sete minutos exactos. Até ao fantástico disparo de Khedira, que recebeu a bola e a rematou com artes de matador sem a deixar cair no chão. Outro golo desde já candidato ao melhor do Euro 2012. Angela Merkel, muito focada pelas câmaras polacas, teve ocasião de dar saltos de júbilo em duas outras ocasiões, quando Miroslav Klose e Marco Reus ampliaram a vantagem. Salpingidis, no penúltimo minuto do encontro, ainda reduziu, de penálti. Mas era já tarde para o resgate grego. Os dados estavam lançados. Muito se tem falado numa Europa a duas velocidades. Isso também sucede no futebol, espelho da vida. Como o jogo de hoje confirmou.»