Nós, há dez anos
Adelino Cunha: «Jorge Baptista apresenta-se na SIC como comentador futebolístico e eu tive o privilégio de o ouvir nas últimas duas ou três vezes em que falou do Sporting. Eu sei, não falou de futebol, divertiu-se com o Sporting. Está bem, gozou à grande com o Sporting. Sim, quis humilhar o Sporting. É verdade, riu-se muito e nem sequer falou sobre os resultados dos jogos - como se o Sporting tivesse perdido os jogos que, de facto, ganhou.»
Eduardo Garcia da Silva: «No passado, jogadores como Quaresma, Nani, Miguel Veloso, Varela, Djaló, entre outros, foram constantemente brindados com mimos das bancadas. A cada finta falhada, passe desviado ou remate ao lado o resultado era invariavelmente o mesmo: assobios. Os Sportinguistas têm dois tipos de "paciência": a dos estrangeiros e a dos produtos da Academia. Estes últimos deviam ser o nosso orgulho máximo. Deviam ser apoiados a cada lance. Deviam ser o espelho da nossa identidade.»
Francisco Mota Ferreira: «Não sei se a estrelinha Sá Pinto está a funcionar para a Equipa, mas nota-se que algo parece ter mudado. Pode ser psicológico ou não – alguns dos problemas certamente se mantêm – mas não quero saber. Neste momento, o que importa é que voltámos à senda das vitórias e, hélas, somos a única equipa portuguesa na Liga Europa.»
José Navarro de Andrade: «Dizia-se de Hamlet que se Shakespeare tivesse prolongado a peça mais um quarto de hora, o enredo começava a matar os espectadores de primeira fila. Ontem em Alvalade, quando vi o Izamailov a coxear, o Díaz a sair de maca (com este, por cada meia-hora de jogo, são três jogos de posto médico) e próprio Rui Patrício a fazer ai! ai! já com as substituições esgotadas, cheguei a pensar que ainda iria haver lesionados na bancada.»
Zélia Parreira: «Seja qual for o resultado frente ao Manchester, vamos fazer um brilharete face às expectativas expressas na comunicação social, porque na opinião destes comentadores mais valia perdermos por falta de comparência.»