Nós, há dez anos
Adelino Cunha: «O facto de estar confuso com as cores já fazia de mim um bom camaleão e depois ainda me explicaram que mudar de cor e não ter personalidade é, na verdade, uma grande vantagem competitiva. A maior de todas as vantagens competitivas. Ai sim? Sim, para quê ter uma personalidade quando se pode ter todas? Ah, bom! Repeti feliz: para quê ter uma personalidade quando de se pode ter todas?»
João Severino: «- Ó meu, achas que o Djaló vai fazer alguma coisa no benfas? - Não, pá! Se o tipo começasse a jogar à bola, as discotecas iam à falência...»
José Manuel Barroso: «Puxa, mas porque é que me lembrei desta estória agora? Isto já foi há um bom par de anos, os juizes de linha já nem inventam nem esquecem foras de jogo, os túneis de hoje não são perigosos e o Calheiros não foi presidente dos árbitros - o sol do Brasil lixou-lhe a carreira de dirigente. Por que raio me lembrei disto eu agora, ah por que raio? Alguem me ajuda a encontrar um nexo para esta estória?»
José Navarro de Andrade: «Pobre, pobre Djaló. (...) Como se tudo isto não fosse demasiada desgraça só para um homem, guardado estava o bocado e haveria agora de emular a carreira à moda de Amaral, Andrade, Botelho, Cadete, Fernando Mendes, Dani, Morato, Peixe, Porfírio, uma horta de melancias que se estragaram quando expostas à Luz.»
Leonardo Ralha: «Não nos vão obrigar a aceitar o César Peixoto, pois não?»