Nós, há dez anos
Francisco Melo: «E porque não? Agosto de 2015: Sporting SAD anuncia a contratação de Óscar Cardozo ao Trabzonspor, cedendo ao clube turco Tanaka, Capel e Naby Sarr. Com esta aquisição fica, assim, preenchida a vaga deixada aberta pela venda de Slimani.»
Luciano Amaral: «Está aqui o colinho ilustrado. E a evidência é incompleta. Isto só mesmo levado a rir.»
Tiago Cabral: «O Sporting domina a convocatória para os sub-17. E sem cubo mágico.»
Eu: «Há coisas que tenho dificuldade em entender na imprensa desportiva. Uma delas é a das classificações atribuídas aos jogadores após cada desafio. Fico muitas vezes com a sensação de que vimos jogos totalmente diferentes. Voltou a acontecer-me esta segunda-feira ao pegar no Record. Nani é ali brindado, na página 6, com nota 1 - a mesma que foi atribuída a Carlos Mané ("quase não se deu por ele"), Tanaka ("não teve bola para tentar o que quer que fosse") e André Martins ("refrescou o meio-campo"). Mal queria acreditar. Nani com nota igual a André Martins e inferior a Slimani, que mereceu um 2 por "ter dado trabalho aos centrais"? Luís Avelãs - um jornalista por quem tenho consideração - foi o responsável pelas notas, justificando assim a de Nani: "Ainda menos em jogo que Carrillo [nota 2]. Aliás, por vezes, até deu a sensação que não estava nos Barreiros. Teve um outro pormenor, mas passou ao lado da partida." Como é possível escrever isto se Nani foi responsável directo pelo melhor lance do jogo - precisamente aquele que viria a decidir o desfecho da partida? E como é possível escrever - como escreveu o editor-chefe José Ribeiro na crónica do jogo publicada na página 4, também do Record de ontem - que o Sporting "não contou com Nani, a fazer talvez a exibição mais fraca desde o regresso ao clube"?»