Nós, há dez anos
Edmundo Gonçalves: «A verdade é que tenho andado há uns dias a hesitar em colocar esta imagem asquerosa aqui no blog, pensando se não é intenção da besta que a publicou no seu blog essa mesmo, a de a fazer difundir por aí e passar a mensagem. No entanto, perante o desconforto mostrado por alguns sportinguistas pelo corte de relações com o Benfica (eu ia dizer a agremiação da Luz, mas é bom que se diga o nome do prevaricador), parece-me que poderá ajudar alguns a perceberem o que foi arquitectado para o passado fim de semana.»
Eu: «A propósito de Eusébio: talvez muitos sportinguistas ignorem que por causa dele o Sporting - então presidido por Guilherme Brás Medeiros - cortou relações com o Benfica em 1960, situação que permaneceu inalterável até 1974, quando João Rocha entendeu restabelecê-las na sequência da Revolução dos Cravos. O motivo para aquele corte? O Benfica desrespeitou um acordo de cavalheiros existente à época entre os dois clubes que obrigava cada um a não contratar jogadores às filiais do outro. Um pacto que os da Luz mandaram às malvas quando desviaram Eusébio do Sporting de Lourenço Marques para o Benfica, comprovando-se assim que nenhum acordo de cavalheiros é possível quando o cavalheirismo prima pela ausência. Perdemos Eusébio, que nos teria dado muito jeito vestido de verde e branco, tal como antes dera ao Sporting de Lourenço Marques, onde o futuro King se sagrou campeão moçambicano com as nossas cores. Mas não perdemos a dignidade.»