Nós, há dez anos
Duarte Fonseca: «Quem quer comparar o futebol que joga o Sporting de Marco Silva com o de Leonardo Jardim, tem de perceber que está a comparar uma equipa que joga como um grande com uma equipa que joga para o resultado. Com todos os problemas e virtudes que as duas posturas têm e mesmo com um plantel que não assegura qualidade em posições chave, eu prefiro jogar como um grande e ter menos 6 pontos, porque estruturalmente é muito mais importante.»
Edmundo Gonçalves: «Com algum destaque falou-se ontem num canal de tv duma nova moda em modalidades desportivas, em mais um telejornal. Kickboxing. Que é uma modalidade praticada por gente dos oito aos oitenta, que está a ter uma adesão enorme, uma coisa do outro mundo. Tivesse a alimária que fez a reportagem alguma qualidade, teria referido que o campeão mundial é português. Ah, pois! Era preciso dizer que é do Sporting...»
João Távora: «Bruno de Carvalho é mestre numa retórica bombástica, que apesar de transparecer um perigoso improviso, muitas vezes teve o mérito de unir as hostes em volta do emblema. Ora acontece que este modelo contém muitos riscos, se não submetido a uma disciplinada gestão dos tempos de silêncio que bem administrados valorizam as intervenções do presidente. Dá ideia que Bruno de Carvalho não tem (ou não permite) que alguém o aconselhe friamente na gestão da sua imagem e discurso que, para gáudio dos nossos adversários, se tornou por estes dias apenas num confrangedor ruído.»
Luciano Amaral: «Agora foi a própria direcção a agitar o lenço branco. E foram os adeptos (uma boa parte deles, pelo menos) a apelar à calma, à aposta de longo-prazo numa equipa técnica. Ao contrário do que se diz das instituições e das massas (que são aquelas que domesticam os instintos mais desbragados destas), agora foram os adeptos a domesticar a instituição. Ou seja, os adeptos aprenderam mais depressa do que a instituição (pelo menos a sua actual direcção). Sobretudo, aprenderam que a política do cemitério de treinadores (sim, porque no caso do Sporting se trata de uma verdadeira política, já que é a única grande constante através da história recente) é uma das raízes do mal do nosso clube.»
Eu: «[Marco Silva] aperfeiçoou o 4-3-3, em versão ofensiva, acentuando o futebol de ataque, apoiado, com domínio da bola e boa qualidade de passe - recuperando assim algumas das melhores características do futebol clássico do Sporting.»