Nós, há dez anos
Tiago Cabral: «A podridão costumeira que se vive no futebol português ficou bem patente nesta jornada. Um clube histórico optou por prejudicar-se, ao não permitir que o seu treinador dispusesse dos seus melhores jogadores, contra o actual líder do campeonato. A teia de interesses, que não do clube, demonstrou que a verdade desportiva, o fair-play, a ética ou que quer que nos faça acreditar na justiça do futebol, não mora aqui. A boçalidade das esfarrapadas desculpas mostra-nos que a bola entrar ou não na baliza, o mais importante afinal, apenas o é para o comum dos adeptos. Negociatas escuras, onde a verdade custa a descobrir, são o normal na suposta gestão actual de alguns clubes. Gostam de se arvorar em salvadores financeiros, de liderar opacas revoluções, pela enésima vez. Mas gostam mais de sentir o poder de colocar peças decorativas em lugares que lhes possam proporcionar eventuais ganhos.»