Nós, há dez anos
Edmundo Gonçalves: «Pelos vistos a profecia do ajudante de buda, Guilherme Aguiar, de que as declarações de Bruno de Carvalho iriam inibir os sportinguistas de ir ao campo do FCPorto, não está a ser concretizada; ao que parece a venda dos 4.000 bilhetes prossegue a bom ritmo, prevendo-se até que seja uma das maiores embaixadas leoninas em jogos no antro dos "Andrades". Tivessem eles mandado 40.000 e se calhar tinham uma surpresa...»
Luciano Amaral: «O Núcleo Sportinguista da Carapinheira traz hoje uma grande recordação: "Quando um apanha-bolas marcou um golo a Damas...". E parece-me que a seguinte frase de Fernando Gomes diz tudo: "Os tempos eram outros, o Sporting era nessa altura a equipa mais forte e a vitória surgiu naturalmente. O FC Porto dava os primeiros passos para a hegemonia que consolidou a partir da década de oitenta." O sublinhado é meu, porque mostra como souberam começar a andar muito bem e logo com os protagonistas correctos.»
Eu: «Vencemos na Dinamarca, algo que não acontecia desde 1977 (jogavam Manuel Fernandes, Alves e Chalana, entre outros). A vitória foi contra a equipa que todos consideram a mais forte rival portuguesa no grupo em que estamos inseridos. Mesmo assim não faltaram vozes cá na terrinha a resmungar contra a exibição dos nossos jogadores - e houve até quem criticasse o novo seleccionador, Fernando Santos, por falta de atrevimento e ousadia. Logo ele, que fez alinhar contra a Dinamarca sete jogadores que Paulo Bento deixou de fora do Mundial do Brasil.»
