Nós, há dez anos
José Manuel Barroso: «Um resultado não faz a história, nem um jogo traduz, em absoluto, uma equipa e um trabalho de formação. O que me interessa, neste jogo de juniores (Sporting 0 - Chelsea 5, na primeira parte ainda!), não é tanto os golos sofridos, acontece, mas a diferença impressionante de intensidade e de maturidade do futebol dos dois conjuntos (como frisou o José Lima). A revelar, uma vez mais, quanto o nosso 'scouting' e a nossa formação estão - há um par de anos - a perder terreno e, cada vez mais, também, a viver das luzes do passado. Os resultados internos, de resto, vão-no mostrando.»
Eu: «No final de um jogo em que o Sporting defrontou uma equipa muito mais experiente (...), o treinador adversário, José Mourinho, atravessou o relvado para cumprimentar Rui Patrício. Percebe-se o gesto: o guardião fez uma partida excelente, creditando-se hoje como o melhor jogador em campo. O Sporting perdeu tangencialmente contra o Chelsea neste regresso à Liga dos Campeões em Alvalade seis anos depois, mas nunca virou a cara à luta - começando pela grande exibição do nosso guarda-redes, que salvou cinco golos quase feitos: aos 2' (Diego Costa), 15' (Schürrle), 54' (Óscar), 83' (Diego Costa) e 90' 2 (Salah). Mas não foi o único a revelar grande atitude em campo. (...) Destaco, entre outros, Nani, Carrillo, Adrien e João Mário. E destaco também o facto de termos seis jogadores da nossa formação no onze titular, onde não faltam estreantes na Champions. Perante 40.734 espectadores, o Sporting deu quase sempre boa réplica à equipa de Mourinho - sobretudo na segunda parte, em que equilibrou a posse de bola e exerceu pressão contínua no meio-campo adversário.»