Nós, há dez anos
Adelino Cunha: «Haverá Nani a mais para tão pouco Sporting?»
Edmundo Gonçalves: «Seis pontos perdidos em quatro jogos, não é o fim do mundo, mas há sinais preocupantes na equipa. Eu vi o William fazer salvo erro, oito passes errados, dois directamente para fora e seis para os pés de adversários; não concordo nada que André Martins tenha estado bem, não combinou nada de jeito com Esgaio, que bastas vezes esteve ali a pedir-lhe a bola. E duma vez por todas, gostava que acabasse o futebolzinho de "para o lado e para trás"!»
João Távora: «Tudo o que tiver de correr mal vai correr mal, é a conclusão que se tira depois do jogo de ontem do Sporting com o Belenenses que já se antevia difícil. A realidade é o melhor travão à euforia das promessas de pré-época em Alvalade. Reforçada a venda de lugares de época, suspeito que provavelmente vai custar um treinador além muito suor e ranger de dentes para a equipa repetir algo aproximado com o feito da época passada.»
Luciano Amaral: «O Sporting não é um clube fácil. Décadas de desgraça, rematadas com a pré-falência de há dois anos e o sétimo lugar, deixaram-nos entregues a um programa de austeridade que não permite fantasias. O ano passado, lá conseguimos um segundo lugar arrancado a ferros. Este ano, parecia que fazer o mesmo mas um pouco melhor seria suficiente para aumentar a competitividade. Marco Silva imbuiu-se desse espírito, o que, como princípio, parece correcto. Imaginemos que o homem se punha com grandes inovações e corria tudo mal. Ficava logo como coveiro do trabalho de Leonardo Jardim e como mais um coveiro do Sporting. Como disse, o Sporting não é um clube fácil, sobretudo porque a margem de erro praticamente não existe. Quem, face a este início de época, não está já a lembrar-se dos fantasmas de natais passados?»