Nem menos nem mais
Reflexão sobre a Taça Lucílio Baptista
Antes que haja uma decisão definitiva na matéria, e já que o assunto começou a ser debatido em blogues e redes sociais, tomo a iniciativa de antecipar qual deve ser a posição do Sporting na hipótese de uma meia-final contra o Benfica na Taça Lucílio Baptista: o critério, definido na época passada, de aproveitamento desta prova para rodar jogadores da nossa equipa B, deve manter-se em vigor. Não só porque tem resultado, como todos reconhecem, mas sobretudo porque o Sporting só deve ter uma palavra nesta matéria: não se pode desvalorizar esse troféu às segundas, quartas e sextas e valorizá-lo às terças, quintas e sábados.
Alterar o critério de formação da equipa nesta fase seria desconsiderar, em retrospectiva, respeitáveis adversários como o Boavista e o V. Guimarães, que já defrontámos. Pior ainda: essa alteração significaria desconsiderar todos os nossos jogadores que se bateram com inegável profissionalismo até ao momento e que não merecem, de modo algum, ser postos à margem devido a uma súbita reviravolta.
O Sporting precisa de opções claras e racionais, não ditadas pela emoção de cada momento. A chamada Taça da Liga está ferida de morte em matéria de credibilidade e prestígio: para perceber isto, basta ver como afugenta os adeptos dos estádios portugueses. Enquanto durar, o Sporting deve continuar a ver nela o que definiu em 2013/14: uma oportunidade para dar minutos de jogo a profissionais menos utilizados noutras competições.
Precisamente isto: nem menos nem mais.