O jogo que há pouco terminou começou a ser perdido ontem, na conferência de imprensa de lançamento deste desafio da Liga Europa, quando Marcel Keizer disse que o Sporting «não tinha obrigação» de seguir em frente na competição. Necessitaria, para tanto, de vencer em casa o Villarreal, penúltimo classificado do campeonato espanhol, que acaba de interromper no nosso estádio um duro ciclo de dois meses sem triunfos.
Não apenas perdemos a partida. Fizemos também uma exibição medíocre, ressalvando-se dois desempenhos positivos: Coates e Bruno Fernandes, incapazes de remar contra o naufrágio colectivo. Nada que surpreenda, afinal: a equipa arrastou-se no relvado em sintonia com as palavras abúlicas e conformistas do treinador, que nos últimos sete jogos só uma vez foi capaz de conduzir o Sporting à vitória.
6 comentários
Anónimo 14.02.2019
Por favor não digam mal dos meninos, nós no Sporting do Varandas não somos como outro .
Ah, que saudades do outro. A brindar jogadores com ameaças de morte e tochas incendiárias. Assim conseguiu ser cinco vezes campeão. E ficar cinco vezes à frente do Benfica. Um gajo bestial.
O mal maior, começou - como muito bem sabe - antes disso. Desinvestiu-se na formação, o estado das instalações/equipamentos da Academia, é público, os talentos que antes captávamos facilmente começaram a dispersar, colaboradores-chave saíram da AS, desinvestiu-se no que diz respeito ao Marketing, não existia qualquer iniciativa que visasse realizar obras no Estádio (ou sequer uma programação/previsão). Assentou-se toda uma estratégia para ganhar à força, num castelo de cartas (nada havia a sustentar o investimento feito, sem resultados desportivos, ficaríamos reduzidos a enormes custos), e num discurso que faz apelo ao que de mais primitivo existe no ser-humano. Inevitavelmente, ressoa. Mas, espremido esse tal discurso (pseudo) motivador, não se vê nada. Investiu-se loucamente (em quantidade de jogadores e despesas inerentes) sem nunca lograr. Não tivesse acontecido Alcochete, não tivesse existido o descarrilamento que se sabe, e a expressão usada pelo caro jpt, 'all-in' assentava que nem uma luva ao trabalho de BdC. E com um peso na tesouraria, não comparável aos actos praticados por FV.
O que acho mais surpreendente é justamente isto: apesar de tudo o que já se sabe, de se perceber que se andava a empurrar com a barriga, continua-se 'a preferir BdC', porque ao menos... Motivava. Não motivou, iludiu. Havia zero a dar corpo ao palavreado.
Serve para diminuir as responsabilidades pela escolha do treinador, e jogadores comprados nesta última janela? Não. De todo. Mas enquadra. Fosse FV um grilo falante e não haveria tanta celeuma.