Não tivemos meio-campo
Texto de Rui Silva
Gostei muito da vitória [contra o Belenenses SAD], da liderança no campeonato e da união deste grupo.
Não gostei nada de Rúben Amorim.
Temos de ser justos em lhe atribuir uma enorme quota-parte dos louros pelo desempenho fantástico da equipa até ao momento, pelo discurso inteligente e agregador, pelo seu papel decisivo em promover jovens de valor da nossa formação e influência na contratação cirúrgica de excelentes reforços atendendo aos limitados recursos financeiros do clube.
Benditos 10 milhões!
Ontem [sábado] esteve mal e na semana passada também não foi brilhante contra o Farense.
Ao fim de 11 jornadas, tornou-se relativamente fácil aos adversários desconstruírem a forma previsível como esta equipa joga, sem um plano B ou C em vista.
Mas não foi só no plano táctico que esteve menos bem. A construção da equipa também deixou muito a desejar. Num terreno pesado e difícil contra uma equipa dura e agressiva “à Petit”, não tivemos meio-campo. Louvo a tentativa de poupar o 5.º amarelo a Palhinha de forma a poder defrontar o Braga, mas dar-lhe instruções para jogar com pezinhos de lã é retirar-lhe o melhor do seu futebol e a sua principal contribuição para a equipa.
Teria sido preferível jogar Matheus Nunes, que é forte e raçudo, óptimo para batatais como o Jamor.
Se Nuno Mendes não está bem fisicamente há semanas, porquê insistir em colocar o miúdo a jogar, agravando a cada jogo a sua condição física?
Sem meio-campo, sem corredor esquerdo e com uma defesa como Neto (não vale a pena bater mais no ceguinho, ainda por cima todos que o conhecem dizem que é uma jóia de rapaz) e Gonçalo Inácio, que ontem desposicionado o tempo todo, foi o que se viu.
Valeu-nos Adán.
Texto do leitor Rui Silva, publicado originalmente aqui.