Não perceber o essencial
Tenho apoiado sem reservas o actual presidente, como documentam diversos textos (este, por exemplo, publicado no És a Nossa Fé há pouco mais de um ano), e fui muito crítico da gestão anterior, que conduziu o Sporting à beira do abismo.
Apoiei também Marco Silva desde o primeiro minuto. Aliás se houve matéria em que Bruno de Carvalho conseguiu ser largamente consensual foi na contratação dos treinadores - primeiro Leonardo Jardim, agora Marco Silva.
Continuarei a apoiar um e outro - até que factos muito concretos possam dar-me motivos para pensar de outra forma.
Assim, penso não haver qualquer motivo para a dicotomia Bruno/Marco que agora começa a desenhar-se em certos meios: ou se está com o presidente ou se está com o treinador.
Não podia haver pior notícia para o Sporting do que esta dicotomia.
Considero, aliás, que o destino de um está ligado ao destino do outro. Ou seja, o fracasso de Marco Silva representaria também o fracasso de quem o contratou e o vinculou contratualmente ao Sporting durante quatro anos.
Não perceber isto é não perceber o essencial.