Não há duas sem três
Parece-me, retirada a paragem cerebral em Guimarães dos nossos defesas e GR, que qualquer treinador chegado a um grande desdenharia um começo tão auspicioso como o de Rui Borges: Um dérby e um clássico (ainda que para a taça da carica) depois, tem duas vitórias no bornal contra os adversários eternos e em ambos com distinção.
Se no derby com o Benfica a equipa andou um pouco desnorteada uma parte da segunda parte, passe a redundância, depois de dar um banho de bola na primeira, ontem em Leiria foi claramente superior em todos os momentos e locais do jogo e do campo, demonstrando uma saúde de que alguns de nós duvidávamos, apesar da velocidade de pouco mais que treino a que decorreu o jogo. E por mérito do Sporting, que conseguiu congelar o jogo e conduzi-lo para a velocidade que lhe interessava. Isto é trabalho de treinador, como trabalho de treinador é confiar no GR, depois da casa que deu em Guimarães e também confiar em Fresneda* que cometeu pecados semelhantes no tempo em que esteve em jogo, na cidade-berço.
O jogo decorreu à velocidade a que o Sporting quis e com a dureza que o árbitro permitiu, apesar de disciplinarmente ter estado muito bem e apesar de deixar jogar, pecou por dois ou três lances de falta clara à entrada da área do Porto que poderiam ser perigosos, se os marcasse. Este é o mote para dar um recado a Gyokeres: Rapaz, aprende a cair! Esse espalhafato todo faz crer que estás a fazer teatro, quando sofres realmente falta. Trabalho de casa.
Agora é a final, sábado. E seja com quem for, é para ganhar, não há duas sem três, que eu cá não admito que qualquer equipa do Sporting entre em campo sem ambição. Para isso ficamos em casa.
* Fresneda é dado como certo no Como, de Itália, a partir de amanhã, 9/01, por 10M€ a accionar obrigatoriamente no final da época. Não deixa saudades.