Nani e o clube perfeito
Penso como Nani, o Sporting é o clube perfeito.
Nani foi o Garrincha de 1962, o jogador que para além de o ser, foi, também, Pelé.
Foi-o na final de 2016, outros eram atormentados por borboletas gigantes, choravam, atiravam com a braçadeira de capitão para o chão, entravam em campo, saíam de campo, enervavam os campanheiros, os adversários, os milhões de pessoas que assistiam ao jogo no campo ou na transmissão televisiva, às vezes como diz o povo: "não podes, arreia".
Arriou.
Nani nesse jogo foi o capitão de Portugal, foi-o desde os 24 minutos de jogo, foi-o em toda a segunda parte, foi-o no prolongamento, foi-o sempre, até o jogo acabar, depois passou a ser aqueles dois olhos que espreitam sob o sovaco de Fonte, o palco era de outros.
Como prémio da sua liderança, do seu querer, da sua capacidade de ser não só ele mas mais do que ele, como prémio, dizia, Nani; foi excluído. Jogadores como William Carvalho (suplente do Bétis) ou João Félix (suplente do Atlético de Madrid [lesionado]) foram convocados mas o capitão dos leões de Orlando City ficou no sofá a assitir pela televisão.
Com Nani em campo a selecção portuguesa teria sido goleada pela Alemanha?
Com Nani em campo a selecção portuguesa teria empatado com a Framça?
Com Nani em campo a selecção portuguesa teria sido eliminada pela Bélgica?
Ficam as dúvidas e uma certeza, gostaria de ver Nani a erguer mais uma Taça da Liga dos Campeões (já levantou uma pela Manchester United) desta vez sem estar escondido sob o sovaco de ninguém, na linha da frente com o leão rampante no peito e a braçadeira amarela de capitão bem ajustada no braço.