Na Rússia, com William
Nunca duvidei um só momento que estaríamos no Campeonato do Mundo de Futebol na Rússia, onde seremos cabeça-de-série.
Desta vez nem precisávamos de fazer contas: era só uma questão de tempo até vermos o passaporte carimbado. E assim foi, ontem à noite, no triunfo por 2-0 frente à Suíça que nos reconduziu ao primeiro lugar do grupo, coroando uma série de nove jogos da equipa das quinas sempre a vencer.
Desta vez nem foi preciso Cristiano Ronaldo fazer o gosto ao pé, tendo protagonizado até um dos momentos mais caricatos do desafio, mesmo ao cair do pano, quando João Mário o isolou e ele foi incapaz de superar a isolada oposição do guarda-redes suíço - em contraste com Messi, que marcou três na deslocação da Argentina ao Equador, virando o resultado do jogo, após os anfitriões se terem adiantado no marcador, e qualificando in extremis a sua selecção para o Mundial.
Pior sorte tiveram a Holanda e o Chile, que ficaram de fora.
Este Portugal-Suíça não foi um jogo épico, longe disso. E só um autogolo dos nossos adversários, aos 42', abriu caminho para a vitória. Mas dele retive, sobretudo, algo que não esquecerei: o estádio da Luz em peso a aplaudir o nosso William, aos 49' e aos 56', sublinhando com toda a justiça dois lances de virtuosismo técnico do nosso capitão que fascinou e empolgou quem lá se encontrava.
Aplausos merecidos. E de excelente augúrio para o Mundial da Rússia.