Muito faço eu, ser Sporting
Uma janela, um autocolante.
Foi ali, naquele quarto que o meu menino ouviu (estávamos sem televisão e a bem da verdade ele adormeceu muito antes do final do jogo, estava 0-0, na altura) a primeira derrota do Sporting.
Do nosso Sporting.
Faz hoje, precisamente, dois meses, que nasceu, telefonei ao meu pai, nesse dia, as minhas palavras foram estas: "nasceu um sportinguista, é saudável" o meu pai sorriu, engasgado, choroso (não se pode dizer) e disse algo do género: "o menino que escolha, não o pressiones, é uma grande responsabilidade".
Como se fosse responsabilidade querer que o meu filho seja um homem bom, honesto e respeitável.
Qual era a alternativa?
Luís Filipe Vieira?
Pinto da Costa?
Felizmente em 2020.05.20 o presidente do Sporting não é razão de vergonha para ninguém.
Era um bocadinho, totó, papá" dir-me-á o rebento daqui a uns anos.
Sorrirei, encolherei os ombros, dir-lhe-ei: "e o que estava antes?"
(não fiz as contas, se o campeonato tivesse começado no dia 20 de Maio, se só tivessem contado os jogos que vi em directo na televisão [todos, excepto o último com o Porto] em que lugar estaria o Sporting do "malandro" Varandas, treinado pelo lampião Amorim?)