Liga das Nações: já lideramos isolados
Vitória categórica contra os checos (2-0)
Bernardo Silva e João Cancelo: exibições de luxo em Alvalade
Outra magnífica exibição da equipa das quinas: o Estádio José Alvalade voltou a funcionar como talismã em dia de festa do futebol. Foi ontem, no desafio que opôs a selecção de Portugal à da República Checa, que vinha de um empate-quase-vitória (2-2) frente à Espanha. Nesta partida, que dominámos do princípio ao fim e vencemos por 2-0, os checos ficaram remetidos aos 25 metros do seu reduto defensivo, limitando-se a explorar situações de contra-ataque sempre infrutíferas.
A vitória foi construída aos 33' e aos 38' com golos gerados em lances dignos de nota artística, confirmando a nossa excelente dinâmica colectiva. O primeiro marcado por João Cancelo, o melhor em campo, culminando uma época extraordinária em Manchester. O segundo com assinatura de Gonçalo Guedes. E ambos com assistência de Bernardo Silva, colega de Cancelo no City e agora também numa das suas melhores fases de sempre ao nível da selecção. No golo inicial, com a sua capacidade de drible, tirou três adversários do caminho antes de endossar a bola.
Mesmo com quatro alterações ao onze inicial operadas por Fernando Santos (trocou Rui Patrício por Diogo Costa, Nuno Mendes por Raphael Guerreiro, Otávio por Guedes e Bruno Fernandes por Bernardo), a organização colectiva funcionou na perfeição. Com futebol de ataque, pressão alta, precisão de passe e olhos na baliza, o onze nacional encheu o campo, entusiasmando as bancadas.
Alvalade em noite animada, com 44.100 espectadores.
Concluída a terceira ronda da Liga das Nações, seguimos em primeiro, isolados, no Grupo A. Com sete pontos - duas vitórias e o empate inicial em Sevilha. Sete pontos, sete golos marcados e apenas um sofrido. A Espanha vai em segundo, com cinco. Depois, os checos: quatro pontos. A Suíça ainda não pontuou. Vamos defrontá-la no domingo em Genebra.
Além dos jogadores já mencionados, destaco a exibição de Rúben Neves. É ele quem inicia o segundo golo, com um soberbo passe longo que mudou o flanco do nosso ataque. Faz boa parceria com William no meio-campo e nessa zona é hoje talvez o melhor português no momento de saída com bola.
Outro resultado muito positivo, inegável apoio dos adeptos. É um gosto ver jogar esta selecção - dinâmica, alegre, compacta, moralizada. Transformando a Liga das Nações - que vencemos na edição inaugural, fez ontem três anos - num excelente ensaio para o Mundial do Catar, daqui a seis meses. Além de nos alegrar o defeso desportivo.
Tempos péssimos para os Velhos do Restelo, que torcem sempre pelo insucesso da selecção. É chato, como dizia o outro.