Lembrar os confrontos com o Borussia
Em 180 minutos, contra o Borussia Dortmund, o Benfica só fez três remates à baliza. Na segunda mão da eliminatória, foi humilhado pela equipa alemã, saindo da Alemanha goleado por 4-0.
Este afastamento dos encarnados das competições europeias fez-me revisitar o anterior confronto entre o Sporting e o Borussia, disputado nas partidas de 18 de Outubro e 2 de Novembro. Para perceber melhor os nossos pontos fortes e fracos. E sobretudo para me sentir grato à nossa equipa, que se bateu com dignidade e nunca se deixou humilhar pela turma adversária.
Seguem alguns destaques do que aqui escrevi na altura.
Positivo:
- Há jogadores que fazem a diferença neste Sporting? Há. Mas nenhum deles chegou este Verão e os melhores continuam a ser os da formação leonina. Ninguém fez tanto por merecer ontem pelo menos o empate como o inigualável Gelson Martins.
- Bruno César tem de ser titular deste Sporting. Não me interessa que "jogue feio", como por vezes se diz nas bancadas do nosso estádio. Interessa-me que seja eficaz. Voltou a sê-lo: entrou aos 60' e sete minutos depois já marcava.
- William Carvalho recuperou bolas, abriu linhas de passe, fez vários lançamentos longos para alargar a nossa frente de ataque. Merece nota muito positiva.
- Infatigável, sem aparentes sequelas da lesão, Adrien fez passes entre linhas, recuperou bolas e exerceu pressão alta sobre a equipa adversária. Não esperávamos menos dele.
- Dos pés de Schelotto, num cruzamento perfeito, saiu aos 77' quase uma assistência para golo: a bola só não entrou porque Bryan Ruiz, o suspeito do costume, manteve a tradição de falhar em lances deste género.
- Gelson voltou a ser o nosso melhor elemento: é o grande criativo deste Sporting 2016/17.
Negativo:
- A defesa começa a construir-se à frente, pressionando a fase de construção adversária e roubando-lhe metros de terreno. Slimani percebia isso como ninguém. Mas parece não ter deixado seguidores.
- Elias, por mais voltas que o globo terrestre dê no seu próprio eixo, jamais será um Adrien.
- É impressão minha ou Bryan Ruiz apaga-se sistematicamente nos chamados jogos grandes?
- Quanto tempo mais Markovic demorará a perceber que o futebol é um jogo colectivo? Aquelas vistosas arrancadas do sérvio "com a bola controlada", como se diz na gíria do futebol, produziram sempre o mesmo resultado: nenhum.