Lá vêm eles
Nas vitórias, metem-se num buraco: ninguém dá por eles. Mas basta uma derrota tangencial, às vezes basta até um empate, para aparecerem vindos do nada. À velha maneira sportinguense, pondo tudo em causa: arrasam dirigentes, demonizam treinadores, anatemizam jogadores e profetizam as maiores desgraças à equipa. Como se só isso lhes desse alento.
São os do costume. Os de sempre. Os que vaiaram Robson e contribuíram para que o técnico britânico fosse corrido a meio da época com o Sporting a liderar o campeonato. Os que rasgaram as vestes e prometeram queimar cartões de sócio se um tal Mourinho surgisse como treinador principal em Alvalade.
São os que ainda hoje suspiram de nostalgia pelo amável Sporting dos 36 golos de distância em relação ao comandante da principal prova do futebol doméstico. Os que derramam lágrimas de saudade pelo Sporting bombo-da-festa. Os que dariam tudo para regressarmos ao sétimo lugar - a nossa pior classificação num campeonato.
São os que gostariam de voltar a ter Godinho Lopes como presidente e a dupla Carlos Barbosa-Paulo Pereira Cristóvão na vice-presidência.