Jorge Coelho, Leão de sempre
Cheguei a sugerir aqui que ele daria um bom presidente do Sporting. Já lá vão oito anos. Um dia, depois disso, perguntei-lhe se não estaria nos seus planos ser líder leonino. Respondeu-me de imediato: «Meu amigo, nem pense nisso... para desgaste rápido, já me bastou andar tantos anos na política activa.»
Mas vibrava e sofria pelo nosso clube: era um Leão de gema. Integrou o Conselho Leonino até à extinção deste órgão e nunca deixou de ter lugar na bancada em Alvalade.
Escrevo estas linhas apressadas ainda em choque ao tomar conhecimento da morte súbita de Jorge Coelho, que conhecia desde 1988 e com quem convivi de perto em dois continentes, nas mais diversas circunstâncias que sempre nos aproximaram e nunca afastaram. Presto sentida homenagem à sua memória, convicto de que no lugar onde estiver, a partir de agora, não deixará de celebrar também a próxima conquista deste nosso emblema a que jurámos amor para a eternidade.