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És a nossa Fé!

Já andam todos a imitar Amorim

Texto de Francisco Gonçalves

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Aos seus detractores, aos nostálgicos de outros momentos vividos no Templo do “foi quase”, aos apologistas de “um presidente acima do clube”, ou aos eternos insatisfeitos, Rúben Amorim causa comichão. Claro que sim. Para esses, é quase ultrajante que um indivíduo jovem, inexperiente nas funções e, ainda por cima, adepto confesso do clube rival, possa ficar na História do Sporting Clube de Portugal ao fim de quase nada. Sim, quase nada, em espaço temporal, mas quase tudo, em conquistas. Mas já lá está e lá há de ficar. Aos mais inconformados, uma só palavra: habituem-se.

Para os sportinguistas, é fácil encontrar uma diferença abismal entre Rúben Amorim e a maior parte dos treinadores leoninos, nos últimos cinquenta anos: foi campeão nacional.

 

Mas, além disso, Rúben Amorim tem sido uma pedrada no charco, no panorama do futebol nacional. As suas conferências de imprensa começaram por ser escutadas pelos seus colegas de profissão. Hoje, são imitadas. Nunca, antes de Amorim, ouvi Sérgio Conceição dizer “jogo a jogo”. Essa quebra de arrogância e petulância no treinador do FC Porto revela a influência que a forma de estar de Rúben Amorim teve nos outros treinadores e essa evidência é boa para o ambiente do futebol em Portugal.

O sistema táctico 3-4-3 vai fazendo o seu caminho e já há outros treinadores portugueses convencidos disso.

 

Rúben Amorim incutiu um cunho de credibilidade ao seu discurso.

Se for necessário reconhecer que o seu guarda-redes foi o melhor em campo, mesmo que isso signifique reconhecer alguma sorte no resultado obtido, fá-lo sem hesitações.

Se for necessário atribuir os méritos de um jogo ao adversário, não tem pruridos em fazê-lo. Assim como não hesita em atribuir aos seus jogadores o mérito maior nas conquistas e a si próprio a maior responsabilidade nas derrotas.

 

A descontracção que Rúben Amorim coloca nas suas intervenções públicas desconcerta e irrita o cinzentismo do futebol nacional, incluindo-se, aqui, um certo tipo de sportinguistas. À descontracção adiciona bom humor e quanto mais bom humor coloca nas suas palavras, mais irritação provoca nos seus detractores.

Rúben Amorim foi o primeiro treinador que vi verter uma lágrima de emoção, quando nada ainda estava ganho a não ser o seu grupo de trabalho, do qual ele se orgulhava e que o fazia suspeitar, sem ainda ter admtido em público, que aqueles leões seriam campeões nacionais e não havia de demorar muito tempo.

 

Texto do leitor Francisco Gonçalves, publicado originalmente aqui.

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