O mundo ficou, um bocadinho, mais esclarecido, sobre o segredo mais mal guardado do país: aquilo, lá para os lados do Bolhão, é um regabofe que inclui gente pouco recomendável. Aquilo, lá para os lados do Bolhão é um sítio muito mal frequentado e quem ousar tentar inverter o sentido das coisas vê a sua casa vandalizada, os seus colaboradores agredidos, tudo isso acrescido de um ambiente de intimidação, roubo e agressão, ao melhor estilo das organizações mafiosas.
Há mais de 40 anos que aquilo, lá para os lados do Bolhão, é assim. Muito provavelmente, no passado, houve conivências, no mínimo, por inação, de gente de grande responsabilidade na administração da Justiça, que permitiram que as coisas chegassem onde chegaram.
A história daquilo, lá para os lados do Bolhão, no plano dos títulos conquistados seria muito menos risonha se, no tempo devido, os promotores das maiores trapaças desportivas tivessem sentado o cu no “mocho”.
Como diz o povo: mais vale tarde do que nunca. É tempo de varrer, em absoluto, aqueles que, durante tempo infinito, ameaçaram, agrediram e roubaram quem não quis, nunca quis, entrar na espiral mafiosa que sustentava os primeiros.
Um Estado de Direito merece respeito, mas para isso tem de dar-se ao respeito.
Castiguem-se os prevaricadores. Prendam-se os criminosos.
Já não é a primeira vez que o chefe da quadrilha mesmo da prisão continua a dar ordens. Não sei se será o caso, até porque o Macaco se calhar não passa dum "capo" da organização:
Já havia Alguidares de Baixo, agora há também Palermo de Cima. Lá, onde se praticam estes crimes. Não são palermas, são mesmo delinquentes. Um foi preso, há muitos outros ainda para prender.
Há coisas que não percebo, nem nunca hei de perceber: como é que um indivíduo, sem profissão conhecida nem heranças declaradas, declara, à Autoridade Tributária, um rendimento mensal de 2000 euros e constrói uma casa avaliada em 2 milhões?
Na aldeia onde nasci, dizia-se que quem cabritos vende e cabras não tem, de algum lado lhe vem.
Não vale a pena fazer de conta: o principal obreiro da marosca continua à solta e com acesso a pessoal da Justiça. Usa gravata e diz-se entendido em Leis.
Sim, o pasteleiro nunca se conseguiu libertar desse trauma. Pode ser que a partir de agora apite com um sopro menos "trémulo", mais assertivo, menos tendencioso quando apita os jogos do SCP. Nós não temos sorte com os apitadores do comércio. Já o homem dos talhos coloca sempre a carne toda no assador quando apita os nossos jogos. SL