Insónia gloriosa
3 da manhã e o sono não chegava. A glória leonina em Londres assim o ditava.
"Monumental". Nunca concordei tanto com um título de A Bola. Foi mesmo.
Monumental na qualidade de jogo. Na superioridade imposta ao adversário na segunda parte. Monumental pela aposta do grande timoneiro Rúben Amorim em miúdos que demonstram já uma maturidade monumental.
Pôr a jogar Diomande no lugar do líder e capitão Coates foi admirável. Terá sido enorme a confiança para todos os que alinharam conferida pela percepção que terá tido a equipa da liderança de Amorim. A confiança que gera confiança.
Um circulo virtuoso replicado na troca de Paulinho por Chermiti. Na entrada de Essugo para robustecer o meio campo desfalcado do portento Ugarte.
Foi essa mesma confiança que levou à obra-prima, à obra de arte de Pedro Gonçalves. Também ela fonte de confiança para toda a equipa. Para todo o universo sportinguista.
Épico. Histórico. Glorioso. Ficaríamos o resto da temporada a adjectivar um jogo que nos faz sonhar com a glória final.
Joguemos nós como jogámos ontem todos os desafios que temos pela frente na Liga Europa e a passagem pelo Emirates terá sido "apenas" uma etapa ganha até à conquista do título europeu.
Confiança total nesta equipa, neste treinador, nesta direcção.
Certeza que temos tudo para reptir o que ontem mostrámos ao mundo do futebol. Que somos e seremos, como aspirava o nosso fundador, tão grandes como os maiores da Europa.
Venha a Juventus. Venha nova insónia.