Acho inqualificável que Francisco Geraldes - usado como rosto da SAD para apelar à aquisição da gamebox "segunda volta", no início de Janeiro - tenha sido utilizado até agora só 18 minutos durante esta época.
Porque é que não usaram antes o Gudelj ou o Diaby?
Tanto quanto sei, Geraldes nem teve oportunidade de jogar com Peseiro porque vinha de lesão prolongada contraída na Alemanha. A questão, portanto, põe-se com Jesus e Keizer. Acontece que Jesus foi o mesmo que prescindiu de um tal Bernardo Silva, que teria de "nascer dez vezes" - ou cem vezes, sei lá. Ficamos conversados. Resta Keizer. E o meu ponto é precisamente esse. Keizer.
Saudações Leoninas
P. S. - Augusto Inácio apostou nele, no Moreirense. E fez bem, porque ganhou uma Taça da Liga numa brilhante campanha em que Francisco Geraldes foi um dos pilares. Não reconhecer isso é algo que me admira em si, confesso.
Eu reconheço a Geraldes qualidades e dedicação ao Sporting. Mas o Moreirense não é o Sporting. E acho sinceramente que isso não tem relação alguma com o tema que colocou a debate. Pergunto se acha que os responsáveis pela campanha da gamebox de segunda volta incluindo o marketing que a concebeu, a direção e o treinador, antecipavam nessa altura a fraca utilização de Geraldes a esta altura da temporada. As campanhas não se fazem em 24h, antes são pensadas e preparadas com antecedência. Quando a cara de Geraldes foi escolhida para a campanha alguém acha que foi para menosprezar o jogador? A indignação não faz qualquer sentido, penso. Imagine que no início da época era o Bruno Fernandes a cara da gamebox e de repente vendiam o jogador em 31ago ou em Jan por uma batelada de massa e não o podíamos ver mais jogar pelo Sporting durante grande parte da época. Também seria inadmissível? Estas coisas não são feitas para destratar os jogadores nem têm que ser relacionadas com a escalação da equipa pelo treinador. Acho que é um apontar errado de baterias, mas aceito outra opiniao. SL
O Moreirense não é o Sporting. E o Rio Ave, que tal? Para que fomos buscar um tal de Marcelo ao Rio Ave? E para que estamos agora a cobiçar o guarda-redes do Rio Ave? E para que fomos buscar o guarda-redes do Estoril, clube que até desceu de divisão? Eis, portanto, um argumento que não me parece conduzir a lugar algum.
Entendo que o marketing e a equipa técnica devem ter acções complementares neste domínio. Se a direcção de marketing entendeu que FG tinha valor e categoria e capacidade mobilizadora dos sócios e adeptos para figurar na campanha publicitária, faz algum sentido que a equipa técnica pense o contrárip, sem a menor sintonia entre ambas as entidades pertencentes à mesma estrutura colectiva?
Inversamente: terá o marketing consultado a equipa técnica antes de lançar esta promoção? Se não, tese em que não acredito, prima pela incompetência. Se sim, por que motivo a equipa técnica deu o seu aval á participação de um jogador que afinal considera sem préstimo?
Enfim, muitas questões em torno deste tema. Sempre com um denominador comum: a inaceitável menorização dos jogadores oriundos da formação do Sporting.
Não creio que a direção ou o Mktg tenham que consultar o treinador sobre a utilização da imagem de qualquer jogador do plantel. Se usaram a imagem de Geraldes foi com pleno consentimento deste e como resultará certamente do seu contrato com o clube. O treinador não tem voto nesta matéria. Nem tem que ter. Seria inverter as coisas. Uma campanha de MKTG e uma decisão de gestão. Nas empresas as decisões de gestão não cabem a outros que não aos órgãos de gestão. Não vejo a correlação que faz entre a utilização contratual e consentida da imagem do jogador e a sua pouca utilização nos jogos.
Então você acha concebível, numa estrutura profissional como a do Sporting, que seja destacado como chamariz para vender lugares no estádio um jogador que é desprezado pela equipa técnica ao ponto de nunca jogar e aplaude a falta de diálogo entre estas entidades, que por acaso trabalham sob o mesmo tecto? Acho extraordinário.
Bom dia Acho. Está a ver o assunto de uma perspectiva errada, desculpe que lhe diga. Como referi antes quando a campanha foi concebida e escolhida a cara não era possível adivinhar a utilização menor ou maior do jogador. Não há nenhum desrespeito pelo jogador. Numa empresa os colaboradores e por maioria de razão os que mais projectam a marca e contactam com o público têm obrigações naturais de representação da sociedade e nalguns casos obrigação contratual de o fazer, como acontece seguramente com os atletas do Sporting. Não cabe ao treinador, como já tentei passar a ideia, decidir campanhas de MKTG do Sporting SAD, apenas à administração da sociedade. Não é o treinador que despreza ou deixa de desprezar a formação. Se a política é essa é uma política da sociedade. O treinador adere à política e a SAD mete à sua disposição um plantel. Se no mesmo não pontificam os atletas da formação é porque no Sporting não se observa uma política clara de promoção dos nossos jogadores. Olhe para o Benfica e veja as diferenças. Manda a administração e o treinador usa os jogadores. É simples. Nós preferimos contratar fora a torto e a direito. Repito-lhe. Está a ver a coisa pelo prisma errado. Abraço
Lamento contradizê-lo, mas estou a ver pelo prisma certo. A utilização da imagem do Francisco Geraldes basta como sinal: é política da administração da SAD leonina dar prioridade aos jogadores da formação. Acontece que esta política não é aplicada, no concreto, pela actual equipa técnica. Daí o constante carrossel de jogadores como M. Luís, Geraldes e Jovane no seu vaivém entre o banco e a bancada. Daí Geraldes e Jovane aquecerem durante meia hora para não entrarem. Daí Geraldes ter entrado uma vez aos 90 minutos. Daí Jovane ter-se equipado em dois jogos sucessivos... para não chegar sequer a entrar. Há muitas maneiras de desvalorizar activos do próprio clube, que mais valia andarem a rodar por outras equipas do que vegetarem sem préstimo na equipa principal do Sporting. Esta parece-me a pior de todas. E nisto, sim, Keizer consegue ser pior do que Jesus.
Caro Pedro Correia, Não concordamos nesta. Não é grave. Se é como diz pode estar certo que no fim da época o treinador será despedido, uma vez que contradita conscientemente a política definida por quem lhe paga o ordenado. Ou então não é nem uma coisa nem outra.