Inaceitável
Voltou a acontecer. Depois de uma primeira parte em que dominámos por completo, culminando com o 2-0 registado ao intervalo, entrámos em derrocada nos 45 minutos posteriores. Recuámos linhas, concedemos toda a iniciativa de jogo à equipa adversária, descansámos em cima do resultado - a gerir aquela vantagem ilusória. Nessa segunda metade abdicámos por completo do ataque: nem um remate à baliza anfitriã em Vila das Aves.
Atitude de equipa pequena.
Inaceitável.
Pior ainda: continuamos a tremer em cada lance de bola parada. Num desses lances, aos 70', Diomande - desnorteado - provoca um penálti escusado. Sete minutos depois - de cabeça perdida - o central marfinense comete falta óbvia, que lhe valeu o segundo amarelo, e consequente expulsão. O que impõe esta pergunta: por que motivo o treinador não o tirou de campo mal ele foi amarelado na primeira vez? Inexplicável.
Assim, durante 20 minutos, tivemos um a menos. Lance muito semelhante ao protagonizado no desafio anterior por Morten, hoje ausente precisamente por estar castigado.
Rui Borges fez quatro substituições: nenhuma delas surtiu efeito. A entrada de Esgaio aos 84' - com o "reforço" Biel no banco - é inexplicável.
Aos 90'+6, num pontapé de canto, sofremos o golo que nos custou dois pontos. Com a defesa aos papéis e Rui Silva mal batido: fez-se tarde ao lance.
Balanço: três jornadas seguidas, três empates. Primeiro FC Porto-Sporting (1-1). Depois, Sporting-Arouca (2-2). Hoje, mais um. Frente ao modestíssimo AVS, no 16.º lugar da Liga.
Os seis pontos que tínhamos de vantagem face ao Benfica há 20 dias foram anulados. A onze jornadas do fim do campeonato.
Custa ver a equipa baixar os braços desta maneira.
Assim, só a jogarmos metade, tudo se torna mais difícil.