As leis do jogo são claras quanto a entradas "a ceifar". Rua! Vermelho retinto.
Pois nestes dois exemplos os agressores levaram um amarelito cada um e a coisa continuou.
Os agredidos vão passar meses de molho e têm em risco as suas carreiras. Os agressores continuarão a espalhar o seu "perfume" pelos campos, quem sabe à procura de novas e incautas vítimas (Hector Moreno, que "aviou" Luke Law - M.United, esta semana deu o mesmo tratamento a outro adversário na liga holandesa, p.e.), e os senhores do apito assobiam para o lado, tal como a federação que, que se saiba, quanto a castigos, nada. Nem aos agressores, nem aos apitadores.
Lembro que no século passado o terror dos relvados, Paulinho Santos, esteve a aparar a relva das Antas enquanto João Pinto esteve em convalescença durante largos meses, consequência duma cotovelada que pôs o na altura benfiquista a comer por uma palhinha durante um mês.
Miguel, eu vi o jogo em directo pela SportingTV. É verdade o que diz, mas há um antigo (como todos) ditado popular que diz que "as desculpas evitam-se". O jogador do Leixões sabe que uma entrada daquelas vai causar mossa, porque ele nem se preocupa com a bola. O Paulinho Santos vem aqui à colacção apenas para servir de exemplo ao que deveria ser regra: o agressor deverá parar o mesmo tempo que o colega de profissão que lesiona! e com PS aconteceu isso, e muito bem.
Estou de acordo no tempo de paragem igual para os dois, que é o seu ponto. A sua razão é indiscutível!
Mas mantenho que se tem que diferenciar "maldades". Há muitas razões para se acabar por acertar no osso sem a maldade estar incluída nelas. E a previsão dos resultados dessas "entradas", em tempo real, não é nem pouco mais ou menos linear!
Provavelmente todos os acidentes podem ser prevenidos, o que não são seguramente é todos propositados.
E este é um território perfeito para muitos juízos de valor e hipocrisias que acabam, também eles, por serem revoltantes.
Obviamente que eu não defendo que o futebol se transforme em volei, onde não há contacto; A carga "honesta" é sempre necessária para o jogo ter sal, mas há situações em que os jogadores sabem que podem fazer mal e não evitam. Por exemplo, todos sabem que o "tackle" pode causar o fim da carreira, no entanto é vê-los por esses campos fora a fazê-lo... E quantas vezes os árbitros nem amarelo mostram em situações destas? Já um choque de cabeças, uma disputa leal da bola, etc. podem causar lesões num ou em ambos os jogadores, mas estas são situações completamente diferentes e perfeitamente identificáveis como casuais e involuntárias.
No entanto o ponto fulcral do post é mesmo o tempo de inactividade do lesionado e do infractor, que neste aspecto ficará impune.