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És a nossa Fé!

Hoje giro eu - Iuri, o anticiclone dos Açores

O anticiclone dos Açores é um centro de altas pressões (atmosféricas) situado junto ao arquipélago que é um território autónomo da República de Portugal.

Nascido na Horta, ilha do Faial, Iuri Medeiros está no Sporting desde os onze anos de idade. Estreou-se nos escalões profissionais na época 2012/13, representando o Sporting B. Nos últimos 3 anos foi sucessivamente emprestado ao Arouca, Moreirense e Boavista. Por estes três clubes marcou 21 golos, 18 na Primeira Liga (a que juntou 26 assistências para golo), destacando-se os 3 apontados ao Benfica (mais um para a Taça da Liga) e os 2 ao FC Porto.

Os números enunciados acima demonstram que Iuri é um jogador que se agiganta contra os grandes clubes. Embora a sua curta história futebolística deixe a impressão de ser um jogador de laivos de génio entrecortados por momentos de passividade, a sua performance desportiva este ano, ao serviço do Sporting, não deixa de surpreender pela negativa.

Uma coisa era termos dúvidas sobre se estaria à altura em termos da intensidade posta no jogo, outra é verificarmos nos jogos contra Maritimo e Moreirense deficiências técnicas, o que constitui um paradoxo face ao que lhe conhecêramos até agora.

O que leva um jogador, considerado por muitos como um virtuoso, a mostrar lacunas técnicas, a nível do passe e do controlo de bola, dignas de um jogador das distritais?

A resposta a esta questão passa pela falta de capacidade psicológica para aguentar a alta pressão de representar um grande clube. Simplificando, o jogador não está a aguentar o stress e a sofreguidão de mostrar o seu futebol está a retirar-lhe o discernimento.

Iuri não se pode queixar de falta de oportunidades. Este ano, Jesus tem apostado nele, geralmente partindo do banco, mas também jogando de início contra o Marítimo, para a Taça da Liga. 

O açoriano está a beira de passar ao lado de uma grande carreira. Nestes momentos é importante o papel do treinador. Jesus precisa retirar ansiedade a Iuri. Já tocámos neste tema em outros momentos: cada jogador tem uma personalidade própria. O objectivo para cada um é igual, a forma de o atingir tem necessariamente de ser diferente, atenta a idiossincrasia de cada um. Um ralhete a um jogador pode ser para ele um estimulante, para outro pode abrir-lhe o chão. Um treinador é um gestor de recursos humanos, estará Jesus à altura deste desafio? Iuri e o Sporting precisam disso. 

 

iurimedeiros.jpg

 

6 comentários

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    Pedro Azevedo 30.09.2017

    Cara CAL, como pode verificar, já cá está...

    Deixe-me destacar que é um gosto vêr mais senhoras por aqui.

    Vou frequentemente ao estádio e vejo o número de senhoras a crescer todos os fins de semana. Algumas estrangeiras pois Lisboa está na moda. Muitas e bonitas, se ainda nos é permitido dizer estas coisas. Isto dá outra dimensão ao fenómeno futebolístico, um "approach" diferente.
    Na passada quarta-feira levei um casal de catalães ao futebol, adeptos do Barcelona, e a senhora gostou tanto do ambiente no estádio - que dizia não haver no Nou Camp - que vai fazer-se sócia.

    Sempre a crescermos! Aguardo com expectativa os seus futuros comentários. Seja muito bem-vinda!
    SL
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    CAL 30.09.2017

    Muito obrigada, Pedro..! Muito gentil da sua parte. :)

    Dia em que fiz 30 anos, Sporting-Benfica inicialmente previsto para outra data. Ora... celebrar entre amigos, ou percorrer 300km (+300km) e ver a nossa equipa? :)
    Claro que fui para o estádio, acompanhada por amiga sportinguista.

    Joguei futebol na década de 90, jogos informais inter municípios durante o Verão.

    Aos 10 anos, primeiro teste feito, de Francês... fotografia do Ruud Gullit!!! Única menina na sala que sabia de quem se tratava. :)

    Presentemente, já não acompanho o nosso campeonato e os europeus como fazia (queira crer... já fui um pequeno poço de inesperado conhecimento futebolístico).

    Ainda assim, vi-me perante a inevitabilidade de 'aflorar a memória' a um sportinguista do sexo oposto quanto àquele que foi o nosso desempenho frente ao Tondela... até este ano. ;)

    O ambiente no nosso Estádio é... como sabe. :) Fico de sorriso nos lábios só de me lembrar e quase me arrepio. Não estranho o comportamento da senhora que refere.

    De resto, o universo feminino do nosso clube também é de elevadíssima qualidade (cof cof cof). Sem bigode e a vibrar (verdadeiramente) mantendo classe sem confundir intensidade com ausência de... 'qualquer coisa'.

    Os senhores... cavalheiros. Os últimos, de resto! :)

    Até... breve! ;)
    SL
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    Pedro Azevedo 30.09.2017

    Cara CAL, acho muito Ruud que as suas colegas não soubessem quem era Gullit ,

    O que descreve é "feito de Sporting". Por isso, aguentamos uma falange tão grande de apoio com apenas 2 títulos nacionais em 34 anos. Os outros, desatam a atirar cadeiras quanda ganham 4 em 4. Há uma razão para isso: o ser Sporting, o sentimento de quem é do Sporting, as razões para tal, têm a haver com a fidelidade a um conjunto de princípios. Outros, escolhem um clube apenas porque é aquele que mais ganha e querem sentir-se bem fazendo parte disso. A prazo, não é consistente.
    Faz lembrar a estória dos irmãos Wright e de Samuel Pierpont Langley. O último tinha financiamento do departamento de Guerra americano, os primeiros eram proprietários de uma pequena loja de bicicletas. Os Wright ainda assim conseguiram ser os primeiros a voar porque tinham o sonho legítimo, Langley - que era acompanhado pelo NY Times - quando soube, desistiu, só queria a notoriedade. Já que tem experiência nas Ciências Sociais, veja "start with why", Ted Talk do Simon Sinek, o porquê é sempre o mais importante. SL
  • Sem imagem de perfil

    CAL 30.09.2017

    A quem o diz.. nasci em 1982. Vi o Sporting sagrar-se campeão no ano em que fiz 18 anos.
    Não fora pelo que refere, 'fidelidade a um conjunto de princípios', ou antes, o facto de me rever nesse mesmo espírito pautado pelos valores que conhece tão bem quanto eu... e estaria condenada... a outras cores. :)

    Não sou dada a manifestações 'exuberantes' e 'públicas' de qualquer espécie. Excepção feita às acontecidas no ano 2000 e em 2002 (bom... e deixando de parte o meu comportamento no estádio).

    Não, nem em 2004 e com o que se viveu no nosso país, saí à rua. :)

    Como é que alguém nascida no contexto em que nasci, 'tão contida' e naturalmente discreta, põe o pezinho no Alvalade XXI e desfaz-se - naturalmente - em sorrisos e exala alegria?

    Sporting. :)

    Só o Sporting. Para me por na rua, de cachecol em punho, camisola (uma relíquia oferecida por alguém que - infelizmente - nada mais poderá oferecer-me) e - eu sim - um verdadeiro catavento de sorrisos. É que meto conversa com as pessoas e tudo! :D

    O que sinto no nosso estádio, rodeada por desconhecidos (mas no fundo familiares), não se compara a rigorosamente nada que tenha alguma vez sentido em qualquer parte do nosso país ou no mundo.

    Quanto à sugestão, que muito agradeço, e ao 'porquê'... :) foi aí que se esclareceu - naturalmente - qual a corrente teórica que tem norteado 17 anos a estudar comportamento humano. :) Justamente por saber que a consistência - e longevidade - só pode advir da resolução na raiz. ;)

    Até mais ler... e que amanhã possamos - sportinguistas - sorrir! ;)


    P.S. Saída do estádio, lá fui celebrar (ganhámos 1-0 e o tal pormenor de assinalar 30 anos). Não toquei numa pinga de alcóol. Mas claro que tinha de ser parada numa operação STOP - junto ao IST -. Soprar balão... 'ah faz anos hoje, não me diga que não bebeu nada';

    'Não, Sr. Agente, não bebi, não preciso, a alegria de ter o Sporting a ganhar e fazer 30 anos dispensam qualquer necessidade de alcool'...
    Silêncio... agentes a entreolharem-se... um certo ar de azia agravada...
    'Aqui a aniversariante, diz que não bebeu nada'... balão... 0.
    'Não acredito'... soprei uma segunda vez... 0.
    Escusado será dizer que saí de lá de juba duplamente levantada e os Senhores Agentes, todos adeptos de nós-sabemos-quem, a soltar faíscas pelos olhos e orelhas!
    Vim, os santos 300 km de viagem de regresso a rir-me e a repetir interiormente: "Embrulhem! Embrulhem! Embrulhem!" :D :D :D
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    Pedro Azevedo 30.09.2017

    Que grande testemunho, CAL. Atrevo-me a dizer 'que grande Leoa'. A seguir ao jogo com o Tondela fui jantar com mais 11 amigos - todos civilizados - e vimos um empregado fechar-nos a porta do restaurante na cara (estávamos a 2/3 metros da entrada). Grande azia tinha o senhor. Ah, eram 22h.
    P.S. Quanto ao que não se pode remediar, Deus guarde em eterno descanso quem lhe fez essa oferenda.
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